quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CID FEIJÓ SAMPAIO

Morreu na madrugada desta quinta-feira (30/09/2010) no Recife (PE), aos 99 anos, o ex-governador de Pernambuco Cid Sampaio. Segundo a assessoria de imprensa do Real Hospital Português de Beneficência, o corpo de Sampaio foi encaminhado, às 6h30, ao cemitério Morada da Vida, em Paulista (PE), onde será velado.

Cid Feijó Sampaio nasceu no Recife, no dia 7 de dezembro de 1910. Engenheiro formado e usineiro iniciou sua vida política através da União Democrática Nacional (UDN), partido pelo qual disputou e venceu as eleições para o governo de Pernambuco em 1958, tendo o apoio de Luís Carlos Prestes e Gregório Bezerra, ambos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Exerceu o cargo de governador entre 1959 e 1962.

Após o golpe militar de 1964, Cid Sampaio filiou-se à ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e foi eleito deputado federal por Pernambuco em 1967. Em 1978, disputou as eleições para o senado por uma sub-legenda da ARENA, porém não se elegeu. Em 1982, integrando a chapa do PMDB tentou novamente, mas não conseguiu se eleger. Com a morte de Nilo Coelho, em 9 de novembro, Cid Sampaio, assumiu a vaga no senado, ficando até o final do mandato, em 1987.

Como governador, desenvolveu uma campanha em todo o Estado para aumentar a arrecadação de impostos e inibir a sonegação. Notas fiscais eram trocadas por papéis da Coperbo, uma indústria de borracha sintética instalada no Cabo de Santo Agostinho na Região Metropolitana do Recife. A estatal, criada por Cid Sampaio, foi vendida à Petrobrás. Dirigiu várias entidades representativas de empresários pernambucanos, sendo presidente da Federação das Indústrias e do Sindicato das Indústrias de Açúcar de Pernambuco.

Foi presidente da seção Pernambuco da UDN e um dos controladores no Estado de partidos como PL (Partido Liberal) e o PDC (Partido Democrata Cristão).
 
fonte: ALEPE

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

UMA CIDADE DE MUITAS HISTÓRIAS


A foto é da Rua Dr Antônio de Souza Leão.

Uma importante parceria começa a se desenhar entre a Casa da Memória do Cabo e a Fundação Joaquim Nabuco. O Coordenador do Projeto, Antonino Oliveira Júnior anuncia para Novembro uma Exposição intitulada "UMA CIDADE DE MUITAS HISTÓRIAS", já com apoio da Fundaj e, também a parceria com o Shopping Costa Dourada, Supermercados Arco-Íris, ACEC, etc.

Antonino pretende expor todo o acervo da Casa da Memória do Cabo, através de fotos, documentos, objetos, livros, etc., que contam a rica história da cidade, de Pinzón aos grandes empreendimentos de hoje.
 


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PARA QUEM TEVE A SORTE DE TER VIVIDO O E NO RECIFE...




Não custa nada relembrar!
Para quem viveu o Recife em outros tempos.
Pena que nossas crianças jamais saberão como foi!!!!

ALGUMAS LEMBRANÇAS DAQUELE TEMPO...

- Adorávamos ver avião na mureta do Aeroporto dos Guararapes;

- Comprávamos LP's na "A Modinha" e depois na "AKY Discos";

- Comprávamos roupas na Don Juan e nossas irmãs na ELE e ELA;

- Comíamos filet à Califórnia ou 1/2 "parmé", na Cantina Star, só de madrugada;

- Esperávamos com ansiedade o evento "Vamos abraçar o sol";

- Escutávamos futebol com Ivan Lima na P.R.A.8, Rádio Clube de Pernambuco;

- Assistíamos "Você faz o Show" e "Noite de Black-Tie"...

- Queríamos um Puma, MP Lafer ou Santa Matilde para ir ao "Encontro de Brotos" do Internacional;

- Vimos o Papa no Joana Bezerra;

- Tínhamos medo de Biu-do-Olho-Verde, Galeguinho do Coque, da Perna Cabeluda e do Biu do Alicate;

- Vimos a rainha Elizabeth, num Rolls Royce paraguaio na AV. Boa Viagem, transpirando que nem um calunga de caminhão;

- Jogávamos ovos nos jogos estudantis, nas quadras do: Salesiano e do Nóbrega;

- Natação e Atletismo, claro, no Português e no Derby;

- Nossas namoradas usavam maiôs "engana-papai" e "engana-mamãe" e a gente morria de ciúmes;

- Comíamos "bauru" no Bar do Derby, enquanto os moleques davam um trato em nossos carros com tala- largas e rebaixados;

- Adorávamos ver o peixe-boi na Praça do Derby e os jacarés do parque 13 de Maio;

- Águas Finas e Sete Casuarinas, em Aldeia, faziam parte do circuito;

- Assistimos aos "Globetrotters" e ao "Holiday On Ice" no Geraldão, sem falar em Ray Conniff e Bat Masterson no Clube Português;

- Assistimos "Aeroporto 77" no cinema Moderno;

- No nosso tempo, o Campeonato Pernambucano tinha times como o Ferroviário, o Santo Amaro (Vovozinha), o Íbis, e o América;

- Tomávamos muito guaraná Fratelli Vita e Laranjada Cliper no restaurante Veleiro, em Boa Viagem;

- Tínhamos nosso lado inocente de brincar de Pêra, Uva ou Maçã, às vezes com salada mista;

ALGUNS HÁBITOS DAQUELE TEMPO...

- Jogar boliche no Bola Boliche, na Av. Barão de Souza Leão;

- Fazer uma bomba de cano de PVC no carnaval e perturbar até os outros se irritarem;

- Brincar Carnaval no Corso, na Rua da Concórdia e na Conde da Boa Vista num jipe sem capota ou num Galaxie sem portas, à noite, claro, Internacional ou Português;

- Tomar banho de mar em Boa Viagem (sem tubarão) com bóia feita de câmara-de-ar de caminhão, no posto 4 (quem tinha vergonha ia pro terminal);

- Ir aos sábados às 10 horas para a Sessão Bossa Jovem, no Cinema São Luiz ou para a Joveneza, no Veneza;

- Matinês dos Cines Ritz e Astor, na Visconde de Suassuna vendo filmes como "Love Story", "Uma Janela Para o Céu" e "Um Dia de Sol" (quem diria);

- Festas (que se chamavam ASSUSTADOS) nas garagens das casas, com luz negra e estopa de polimento nas paredes, pra dar efeito "especial", ouvindo "Yellow River","Mandy" ou Elas por Elas Internacional;

- A única bebida alcoólica na época era rum-com-coca ( Cuba Libre);

- Tomar sorvete na Fri-Sabor (perto do Colégio Salesiano), ou na Gemba (mais antiga), até lançaram o Zeca's; - Dançar no Xixi-Girl, da Boate Ferro-Velho em Piedade;

- Assistir ao desfile de 7 de Setembro, na Conde da Boa Vista; >

- Dançar forró na Casa dos Festejos da Torre;

- Lanchar na Karblen, da Rua do Sossego e na Casa Matos, da Rua da Nova;

- Freqüentar a Feirinha da Praça do Entroncamento, os bares Cravo e Canela, Acochadinho (em Olinda), Fundo do Poço, Senzala, Água de Beber, Chaplin, Bar do Ninho também em Olinda e o "Depois do Escuro" na Torre;

- Assistir aos shows no Circo Voador, no bairro do Recife;

- Comer "chocolate peixinho", embrulhado em papel dourado, prateado, vermelho, bala "Gasosa" e

Nego Bom;

- Fumar Du Morrier, o cigarro do Kojak;

- Ouvir o compacto simples Je T'aime (do filme Emanuelle I);

- Tomar Coca-Cola em garrafinhas pequenas, do mesmo tamanho do Guaraná Caçula (Antarctica), Clipper ou Mirinda;

- Fazer pic-nic aos domingos, no Horto de Dois Irmãos;

- Divertir-se nos brinquedos da FECIN (nossa Disneyworld) e escorregar no tobogã da rua da Aurora;

- Passear na lancha da CTU, no rio Capibaribe;

- Os bares e/ou boates Samburá, Zé Pequeno, Eu e Tu e ainda o Las Vegas eram uma farra;

- Baile dos Artistas no Batutas de São José todo mundo gostava (problema era quando começava uma briga

pra descer por aquela escadinha estreita);

ALGUNS LOCAIS DAQUELE TEMPO...

- Casa-Navio, na Av Boa Viagem;

- Os melhores cinemas eram o São Luiz, Moderno, Trianon, Art Palácio e o Veneza;

- Nos bairros, os cinemas também eram comuns, tais como Cine Eldorado (Largo da Paz), Cine Torre, Cine

Rivoli (Casa Amarela), Cine Coliseu (Rosa e Silva), Cine Vera Cruz (Campo Grande),Cine Brasil (Cordeiro),

e o Cine Guararapes (Areias);

- O DETRAN era no Cabanga entre as duas pontes (que por sinal, durante muito tempo só havia uma...);

- A Av. Boa Viagem tinha mão-dupla, desde o Pina. Após o Hotel Boa Viagem, só haviam duas faixas, as

outras duas eram de areia da praia;

- Além da Viana Leal, Mesbla e Sloper valem lembrar da Girafa (O Centro da Moda), das tradicionais Casas

José Araújo (Onde quem manda é o freguês) da Primavera, além da Casa do Mate(o melhor mate batido

com limão, com leite ou com maçã...);

- E a árvore (baobá) na Cons. Portela, ao lado da igreja do Espinheiro, que tombou para sempre ???

- A Liberdade de andar nas ruas livres, soltos, sem temer a violência que hoje toma conta de nossa cidade,

que saudade!

Se você viveu alguma dessas situações acima, não se preocupe, você não está velho...

Você é um felizardo, pois viveu o Recife como ninguém pode fazer mais !!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CONDE DA BOA VISTA (Francisco do Rego Barros)

Francisco do Rego Barros, Barão, Visconde e depois Conde da Boa Vista, nasceu no dia 3 de fevereiro de 1802, na cidade do Cabo, no Engenho Trapiche, de propriedade de seus pais Francisco do Rego Barros, Coronel de Milícias e Mariana Francisca de Paula do Rego Barros. Estudou com professores particulares no engenho onde nasceu e desde muito cedo interessou-se pela carreira militar. Em 1817, com apenas quinze anos de idade, alistou-se no Regimento de Artilharia do Recife. Em 1821, já como cadete do Exército do mesmo Batalhão, participou do movimento conhecido como a Revolução de Goiana, encerrada com a Convenção do Beberibe, em outubro do mesmo ano. Foi preso e enviado para a fortaleza de São João da Barra, em Lisboa, Portugal, onde foi mantido até 1823. Posto em liberdade, viajou para Paris, bacharelando-se em Matemática. De volta a Pernambuco, dedicou-se à política. Com apenas 35 anos de idade, em 1837, foi designado presidente da Província de Pernambuco, ficando no cargo até 1844. Tendo sido educado em Paris, estava decidido a modernizar e higienizar o Recife. Seu governo operou transformações materiais e culturais importantes para a Província. A vida da cidade ganhou em animação e teve um progresso até então nunca vistos. Francisco do Rego Barros mandou buscar engenheiros franceses de renome, incentivou as artes e as ciências, levando o Recife ao conceito das grandes cidades modernas da época. Foram construídas estradas ligando a capital às áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de Caxangá, sobre o rio Capibaribe; o Teatro de Santa Isabel; o edifício da Penitenciária Nova, depois chamada de Casa de Detenção do Recife, onde funciona hoje a Casa da Cultura; o edifício da Alfândega; canais; estradas urbanas; um sistema de abastecimento d’água potável para o Recife; reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de Nassau e Boa Vista. Mandou construir aterros para a expansão da cidade, sendo o mais importante deles o da Boa Vista que partia da Rua da Aurora rumo à Várzea, chamada de Rua Formosa, continuada pelo Caminho Novo que, a partir de 1870, recebeu o nome de Av. Conde da Boa Vista. Em 1842, foi agraciado com o título de Barão, promovido a Visconde, em 1860 e elevado a Conde da Boa Vista, em 1866. Foi eleito senador, em 1850 e, em 1865, designado presidente da Província do Rio Grande do Sul, acumulando as funções de Comandante das Armas, estando aquela província já envolvida na Guerra do Paraguai. Sentindo-se doente e sofrendo com problemas hepáticos, retornou ao Recife no início de 1870, onde morreu no dia 4 de outubro, na sua residência, situada no número 405 da Rua da Aurora, onde está localizada, hoje, a Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco. Recife, 22 de julho de 2003. (Atualizado em 25 de agosto de 2009). FONTES CONSULTADAS: GUERRA, Flávio. O Conde da Boa Vista e o Recife. Recife: Fundação Guararapes, 1973. SILVA, Jorge Fernandes da. Vidas que não morrem. Recife: Secretaria de Educação, Departamento de Cultura, 1982. p. 201-205. Lúcia Gaspar: Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SEXTA DE LETRAS

Acontece nesta sexta-feira, às 19 horas, a segunda edição do Projeto Sexta de Letras, da Academia Cabense de Letras. O evento acontece na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, e terá a palestra do Professor e acadêmico Douglas Menezes, sobre a Obra de Graciliano Ramos.

É mais uma oportunidade para que a população chegue mais perto da Academia Cabense de Letras. Após a palestra, segue-se o debate, com intervenções dos acadêmicos e, num terceiro momento, com a participação dos presentes.