sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PAULO ALEXANDRE DA SILVA – Um olhar sobre a poesia social, lírica, existencial


Natanael Lima Jr*

Paulo Alexandre da Silva foi detentor de uma palavra vigorosa e despojada de qualquer retórica formal, rançosa e altissonante: “a palavra que nomeia, a palavra que traduz, a palavra que semeia” – estas foram a munição do poeta.

Foi um poeta engajado, adaptava sua ação às suas ideias, e o fazia cotidianamente. Sempre encarou a poesia como meio de expressão legítima de suas crenças humanísticas, sociais, filosóficas e políticas. Por isso sua voz foi sincera, vibrante e capaz de contagiar o leitor em sua concisão viril e nunca panfletária.

Sua poesia se concentra basicamente em três linhas: nos poemas de temática social, nos de feição lírica e existencial.

A variedade temática que ele abordou na sua intensa produção poética multifacetada, não significou dispersão, mas domínio seguro de um fazer poético que de poema para poema se adensa e se refina. Paulo Alexandre tem assim a singularidade, entre todos os novos poetas do Brasil.

*poeta e membro da Academia Cabense de Letras e da Academia de Estudos Literários e linguísticos de anápolis (GO)

EXPOSIÇÃO SOBRE VIDA E OBRA DE PAULO ALEXANDRE DA SILVA

DIA: 05/11/2010

LOCAL: CÂMARA DE VEREADORES DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

HORA: 19h30

EXPOSITOR: NATANAEL LIMA JR

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OS ESCRAVOS

Um Pensamento Maçônico sobre a liberdade.

É com enorme prazer que escrevo a apresentação deste livro de Antonino Júnior, principalmente, por se tratar de um confrade, amigo e irmão no combate à ignorância, ao preconceito, a injustiça e a corrupção.

Trata-se de uma obra literária, que apesar de ter sido feita em 1971, clama por uma reflexão na questão relacionada aos “escravos”, um tema sempre atual, principalmente se focarmos o grande número de excluídos, que ainda hoje preponderam em nosso país. E, Antonino Júnior mostra de forma bela e poética a sua obra, este texto épico, político, sem se limitar a visões partidárias ou em defesa de políticos, sendo inclusive, perseguido durante os anos de chumbo da Ditadura Militar; hoje mostrando, apesar dos imbróglios atuais, que o homem continua na sua constante luta em busca da liberdade de escolha e de sua autoafirmação.

Um lindo livro, tanto em conteúdo quanto na forma diferente em que foi elaborado para o teatro com poesias harmônicas e simples, porém, de uma profundidade sem precedentes. Através destes recursos poéticos, Antonino Júnior procura reproduzir a oralidade do discurso exaltado das declamações nos palcos. Os versos fazem ressoar e traduzir o constante movimento das forças antagônicas, um verdadeiro deleite.

"Esperar", disse Vandré, "não é saber" e em palavras inspiradas, ele sentenciou: "Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer". Antonino Júnior que muito cedo, enveredou pelos caminhos do teatro e da literatura, logo descobriu, que quase não havia material para desmistificar este tema, já tão controverso. Muitos ficaram esperando que alguém resolvesse o problema, Antonino Júnior, porém, “não esperou acontecer”. Foi e fez.

A Loja Maçônica Alvorada da Paz nº 10, do Cabo de Santo Agostinho-PE, sente-se orgulhosa, através da obra do Ir.’. Antonino Júnior, em participar das homenagens que o Brasil com muita justiça, presta ao grande abolicionista e Ir.’. Joaquim Nabuco, no centenário da sua passagem para o Oriente Eterno.

João Sávio Sampaio Saraiva é membro da Academia Cabense de Letras e Venerável Mestre da Loja Maçônica Alvorada da Paz nº 10.