tag:blogger.com,1999:blog-69987305437643987512024-03-06T00:40:45.235-03:00CASA DA MEMÓRIA DO CABOEste é um espaço criado especialmente para você, que é amante do Cabo de Santo Agostinho, uma cidade com tantas contradições, mas que seu povo com suas lutas, sempre foi referência de destaque no cenário estadual e nacional. Vamos afrontar o nosso poeta Gabriel Dourado que certa feita recitou: "uma cidade com tantas histórias sem nenhuma prá contar".
É com prazer que convido a todos, para juntos, contarmos essa história. Sejam bem vindos...
Antonino JúniorCASA DA MEMÓRIA DO CABOhttp://www.blogger.com/profile/07692542580117263486noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-15375149003769482802015-11-01T21:18:00.002-03:002015-11-01T21:18:39.062-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s1600/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s320/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" width="240" /></a></div>
O MEDO NOSSO DE CADA DIA<br />
DOUGLAS MENEZES<br />
A tortura começa logo cedo. Saindo de casa já o medo estampado. Nos coletivos a expectativa de uma arma na cabeça a qualquer momento. Rotina de terror dos brasileiros e brasileiras, A vida cada vez valendo menos. A dúvida sempre se vai voltar à noite. Um país doente que expõe seu povo trabalhador ao constrangimento e ao terror da violência gratuita, além de um desemprego que disarticula o todo social e infelicita milhares de famílias e o aumento da violência tem muito a ver com isso. Um estado falido. Uma culpa geral de quem comanda, seja no município, na esfera estadual ou federal. Enquanto discutem suas querelas distantes da massa que paga impostos caros, a gente está aqui, aguentando até o que diabo enjeita. Os ajustes sempre feitos à revelia e penalizando o lado social: Educação, Saúde, Infraestrutura e Segurança, estas pagando um preço altíssimo pela incompetência e corrupção.<br />
Sopro de esperança quase nenhum. No horizonte o vazio de lideranças que tenham verdadeiramente espírito público. Ilusão as pessoas acharem que a crise é só econômica. Não é, fundamentalmente ela é política e só será resolvida com desprendimento e sentimento nacionalista. Tudo neste país parece travado, um pedacinho de esperança ainda aparece ao ler os jornais pela manhã, a ingênua busca, com os olhos nas letras, de encontrar notícias que nos façam sair do beco, que nos conduzam ao reencontro de uma existência mais digna e menos penosa. Mas as letras e imagens criam a desilusão de que nada vai mudar e todo dia, denúncias e mais denúncias de desvio do dinheiro público, numa cantilena monótona e já desinteressante. O povo olha descrente e anestesiado por tudo o que escuta e vê.<br />
Quisera, neste domingo ensolarado do primeiro dia do mês, fazer uma crônica dizendo de moças bonitas, de rapazes sarados e crianças brincando ao redor do mar. Ou mesmo descrever o amor como sentimento maior. Mas assustado, caminho na minha cidade quase deserta , olhando para os lados, como se essa paranóia, esse terror de ser agredido no meu direito de ir e vir, levassem, de vez, a esperança de uma nação mais humana. Um país cheio de jardins, sem flores, é o que sinto, é o que vejo.<br />
Cabo de Santo Agostinho, primeiro de novembro de 2015.<br />
Douglas Menezes é membro da Academia Cabense de Letras.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-86412691953611757202013-09-16T13:30:00.003-03:002013-09-16T13:31:33.241-03:00THÉO SILVA: INFÂNCIA E DESENCANTO <br />
<br />
<b>DOUGLAS MENEZES<br />
O que há de comum entre Théo Silva, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Raul Pompeia e Manuel bandeira, só para citar esses? A visão, muitas vezes, amarga da infância, o desencanto expresso em forma de reminiscências. A mostra maior de que a primeira idade nunca foi um momento cor de rosa que alguns insistem em pintar. A melancolia de um período que marca com a dor e os traumas que virão depois, que acompanharão o adulto para sempre.<br />
<br />
Mas essa visão traumática e realista atesta a grandeza desses escritores. É a vida observada como consequência da soma de experiências que começam cedo. A tristeza de ver seus passos tolhidos precocemente, os sonhos tornando-se realidade frustrante.<br />
<br />
Então, adulto já, a voz da desilusão com a existência: “Vamos saber sentir a dor que nos maltrata / A dor que mata lentamente o riso / de todo orgulho banal de viver/ Porque tudo na vida é falível / E tudo passa nesse mundo de ilusão e sofrer”.<br />
<br />
Como Théo Silva se aproxima de Manuel bandeira no seu poema “Meu Natal de Ontem e Meu Natal de Hoje”, na linguagem simples, na expressão narrativa do texto, na tristeza nítida, sem ornamentos romantizados e trazendo a angústia sincera de mostrar já um mundo despoetizado da infância, onde os meninos pobres apenas sonhavam, sem ter: “Mas infelizmente eu fui criado na rede encardida da necessidade / Nunca tive mais que um tostão no bolso em dia de festa / Nunca ouvi falar num presente de natal / A única coisa que me contentava na vida / Era ter, todo ano na festa de São Sebastião, uma roupinha nova de marujo, mal feita”. <br />
<br />
Théo Silva viveu no Cabo, nasceu no Cabo, terra dos canaviais, do cheiro de cana, do doce que era amargo para os meninos pobres, a maioria. E o adulto atestou isso. Num de seus poemas a lembrança que nos traz da criança num momento de peraltice. Na igreja abriu a caixinha de hóstia e comeu cinco, fato que o marcou profundamente já como adulto. A primeira idade estigmatizando o homem feito. A hóstia, no poema Superstição, não trouxe a bênção sagrada, mas a certeza de que as dores ao longo da vida é reflexo dos primeiros momentos infantis: “ Quem sabe se não foi aquilo / E parece mesmo verdade / Porque a felicidade / Vive correndo de mim”.<br />
<br />
A obra de Théo Silva possui a marca trágica de um caminho que a Literatura dos grandes escritores procura expressar. Obra potente marcada por uma desilusão, um desencanto que parece ser algo individual, mas, na verdade, demonstra universalidade. Essa busca incessante de felicidade que o homem carrega no seu interior em qualquer lugar do planeta e que, não raras vezes, se transforma num processo de sofrimento e decadência até o final da vida: “O destino jogou-me na rua da vida / E a vida amparou-me nos braços / A ilusão se fez a minha amante trágica / E eu morri para tudo quanto foi amor”.<br />
<br />
É importante também citar, dentro da poesia de Théo Silva, a musicalidade, a sonoridade Neosimbolista, o ritmo a serviço de uma visão solitária sobre a humanidade, a onomatopeia que lembra uma cantiga infantil, porém com o sopro da amargura adulta: “Blim blão...blim blão / Quem é que não tem na vida o sino da solidão / O badalar dentro d’alma / Quando morre uma ilusão? / Blim blão, blim blão”.<br />
<br />
Por fim, insistamos no aspecto que achamos norteador da obra do poeta Théo Silva: a infância como combustível para uma poesia cercada pelo pessimismo, solidão e um destino fatalista que parece ser o de final trágico da humanidade: “Quem não conhece a história / Dessa velha que pediu, / Quando caiu na fogueira / ‘Bota água meu netinho’ / Mas a criança se esconde/ ( Se ia morrer na grelha!? / Pois assim é meu destino / Peço água, ele responde / Igual àquele menino: ‘ Azeite, senhora velha’ “.<br />
<br />
Douglas Menezes, ano da graça de 2013, 6 de agosto. <br />
</b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-79292430500946633892013-01-09T13:48:00.001-03:002013-01-09T13:48:22.712-03:00UMAS E OUTRAS: LIÇÃO DE HUMANIDADE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s1600/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" eea="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s400/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" width="300" /></a></div>
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<strong>DOUGLAS MENEZES</strong></div>
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<strong>Faz mais de quarenta anos que Chico Buarque gravou a canção Umas e Outras e, apesar do tempo, ela continua com a mesma atualidade humana da época em que foi lançada. Ali, Chico, um artista ainda em busca de afirmação e já tendo problemas com a censura da ditadura militar, mostrava ao país a tendência de uma obra tão vigorosa artisticamente como igualmente forte em relação ao conteúdo humanístico. Além disso, confirmava ao Brasil que sua música não se detinha apenas a questões políticas, mas que abrangia o humano, naquilo que os seres têm de mais importante: o sentido da existência aqui na terra.</strong></div>
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<strong><br /></strong></div>
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<strong>O encontro de uma freira e uma prostituta numa rua da cidade é um dos pontos altos do fazer musical do compositor carioca. E a possível antítese contida no poema, paradoxo mesmo, dilui-se, no desenrolar do texto, à medida em que a identidade entre as duas se afirma: ambas sofrem com as frustrações da existência. Ambas olham-se com o mesmo olhar que a vida vazia e angustiada trouxe para elas: “ O acaso fez com que essas duas / Que a sorte sempre separou/Se cruzem pela mesma rua, olhando-se com a mesma dor”.</strong></div>
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<strong><br /></strong></div>
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<strong>Na música, a evidência de que nas duas não existiu escolha. O recato forçado da religiosa, “Se uma nunca deu sorriso, que é pra melhor se resguardar”, corresponde, também, ao sorriso artificial da prostituta, “Se a outra não tem paraíso,/não dá muita importância não / Pois já forjou seu sorriso / E fez do mesmo profissão”. O destino traçou para as mulheres o elo de ligação que faltava para que tivessem algo em comum: a vida é um fardo pesado para carregar e trata de juntar a todos numa mesma dor.</strong></div>
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<strong><br /></strong></div>
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<strong>Assim, a infelicidade não escolhe a quem “contemplar”. A religião, na verdade, é vista como uma fuga. O paraíso é algo incerto e talvez infernal, já que o “céu” não foi uma opção individual, mas vindo de fora para dentro, arrastando, tormenta sem fim, qualquer possibilidade de uma vivência feliz aqui no plano terreno. As duas, vítimas do todo social. As duas vendendo-se para poder suportar o viver. E cada uma a seu modo: “E toda santa madrugada / Quando uma já sonhou com Deus/ A outra triste namorada / Coitada, já deitou com os seus”.</strong></div>
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<strong><br /></strong></div>
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<strong>Douglas Menezes é professor de Língua Portuguesa e especialista em Literatura Brasileira. Email: douglasmenezesnet@gmail.com</strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-623745660605824782012-12-06T10:39:00.001-03:002012-12-08T08:57:15.628-03:00NA SALA DE AULA, MESTRE GRACILIANO E A INTERTEXTUALIDADE <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYKixgDYAe_dEpTRZL28MNGm-BtEF8uDI8ruc6E90l1iTsqE8h5zBtqZOfphYWu8bNBjg4XgYc6cytXrNznIAN6eLy1Gowmm2fPnuaftwL94oW5_JCZE7g72X3PxBSjLgvoh6wVsXgQw0/s1600/Douglas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYKixgDYAe_dEpTRZL28MNGm-BtEF8uDI8ruc6E90l1iTsqE8h5zBtqZOfphYWu8bNBjg4XgYc6cytXrNznIAN6eLy1Gowmm2fPnuaftwL94oW5_JCZE7g72X3PxBSjLgvoh6wVsXgQw0/s200/Douglas.jpg" width="148" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por DOUGLAS MENEZES</span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é fácil, hoje, estimular no estudante de nível médio o interesse pelo texto literário. Às vezes, num momento de pessimismo exagerado, achamos ser esta geração um amontoado de seres perdidos, invertendo os verdadeiros valores humanos. Um punhado de gente vazia, superficial, incapaz de analisar, por mais simples que seja, um tema, um conteúdo qualquer. Geração sem cabeça, ao sabor da instantaneidade e de ações inconsequentes. Espantosa visão apocalíptica, esta. Nesse pesadelo, como encaixar, ao menos, uma tentativa, no meio dessa massa alheia, de realização de um trabalho literário? Pensamos nós, nos instantes de negativismo insolúvel. Mundo sem saída. Resposta inexistente para a equação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Junte-se a isto, salas abarrotadas, salários aviltantes. Omissão dos pais, preocupados, tão-somente, com o dia asfixiante na luta pela sobrevivência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois, apimentando a receita do bolo catastrófico da Educação no Brasil, a tecnologia e os meios de comunicação contribuindo com informações “mastigadas”, esperando apenas a ingestão, sem maiores questionamentos, pois pensar, dói.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, o raciocínio depressivo, felizmente, vai-se dissipando e, embora não haja luz, nem sequer túnel, há aquilo que não devemos esquecer nunca: a crença em que, de uma forma ou de outra, podemos contribuir para que “as coisas” melhorem um dia. Até porque, aqui e ali, a manhã começa a chegar, tênue amanhecer pedagógico. Na certeza de fazermos dos inimigos, aliados, ferramentas de apoio. Não sermos tão retrógrados, que não possamos avançar; nem tão avançados que esqueçamos a tradição, também necessária na luta pelas ações transformadoras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passado o ranço da desesperança, vislumbramos a possibilidade de incutir no jovem estudante, a Literatura como objeto de seu interesse.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se é tarefa quase hercúlea, deve, ao mesmo tempo, ser função do professor de Português não deixar o ensino da Língua tornar-se, na verdade, alvo da alienação crescente junto ao educando mais novo. Fundamental reagir, politizar de forma democrática, mas levando em consideração, a experiência a ser passada, o professor um leme, um guia que escuta, crendo entrar no caminho que julga correto. Influenciar aquele que necessita aprender e apreender de modo positivo a discernir e aprofundar conhecimentos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aparece, então, a primeira pergunta: é possível criar no aluno um interesse maior pela Intertextualidade, já que esse conteúdo tornou-se fundamental na compreensão do texto literário?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Intertextualidade já existe em alguns compêndios ( que palavra! ) da Língua Portuguesa do antigo segundo grau, um pouco sistematizada, porém, ainda assim, incipiente. É como se houvesse um certo receio em mexer com o mito da originalidade autoral. Remeter um texto a um outro, matriz, na visão conservadora, pode macular as obras de alguns “monstros sagrados”. E o Ensino Médio é bastante recalcitrante nesse ponto: não gosta muito de bulir em feridas recém-abertas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, deve-se, pelo contrário, mostrar como a Intertextualidade é apaixonante, comprovando que o diálogo entre textos não torna nenhum autor menos criativo ou plagiador, demonstrando ser a Literatura um conjunto de contribuições, de acréscimos àqueles troncos iniciais, aquilo diferente e comuns a todos os textos, na visão de que não há escritos adâmicos. Essa prática deixaria menos enfadonha a análise dos estilos literários, presa à rigidez de datas e características nem sempre verdadeiras dentro do pragmatismo do texto artístico. Há modernismo em obras do passado; bem como passado em outras modernas. A verdade é que a Intertextualidade traz maior dinamismo ao fazer literário. Retira todo o engessamento da velha teoria dos estilos de época, que devem ser estudados sempre em um vai-e-vem: passado, presente e perspectiva para o futuro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nessa linha, poderíamos motivar o Ensino Médio. Afastá-lo dessa concepção estática que ainda, salvo exceções, em relação à prática pedagógica da Literatura. Assim, a sonolenta concepção secular de não achar ligações entre as diversas épocas, daria lugar à criativa interação entre períodos e autores, valorizando-se, sobremodo, o diálogo entre textos. Sendo esse estudo bem conduzido, não deixaria margens à visão simplória de que tudo se imita, passando o adolescente a enxergar essa “imitação” como uma reescritura criativa de temas já produzidos, residindo aí, a criatividade maior. Seria o primeiro passo: eliminar qualquer visão preconceituosa em relação à Intertextualidade na sala de aula.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O aluno, nesse primeiro momento, deve entender a Intertextualidade como um exercício analógico, já que, provavelmente, possui ele uma experiência desse tipo durante sua vida antes da escola. Com efeito, para um principiante, atividades indicando semelhanças no diálogo entre os textos, seriam um bom começo, pois analisar teoria pelas diferenças comporta um aprofundamento não encontrado nos adolescentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essencial é ativar a curiosidade do estudante, fazendo-o trabalhar uma variada quantidade de textos e de autores diferentes, ocasionando a inclusão do diálogo textual no dia a dia da sala de aula, mostrando ser algo positivo o relacionamento intertextual para a compreensão da escrita literária.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir daí, podemos trabalhar, com os alunos do Ensino Médio, os textos de Graciliano Ramos. Sendo bom lembrar, ser esse trabalho precedido de um conhecimento prévio sobre a Intertextualidade. Assim, para o docente, não deve parecer estranho o uso do termo, pois ele fará, constantemente, um exercício de diálogo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois, os livros São Bernardo e Angústia, logo no início do ano, devem ser indicados como paradidáticos. Os alunos, assim, teriam tempo necessário de, pelo menos em um semestre, manusear as obras, havendo também, a necessidade do conhecimento biográfico do autor e alguma coisa sobre seu estilo, estabelecendo uma visão, ainda que superficial, de toda a obra do mestre alagoano. O professor é fundamental nessa tarefa, à medida que deve ser um elemento motivador na prática da leitura. A ideia geral sobre a obra de Graciliano, repito, é fundamental. Por exemplo, ao falarmos da linguagem enxuta dos dois livros em pauta, não criaremos estranheza aos alunos, veriam isto com naturalidade, como marca do artista.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, o professor pode chamar a atenção para um aspecto comum nos dois romances de Graciliano Ramos, Angústia e São Bernardo, e que, com certeza, por ser um sentimento típico do ser humano, tornará mais fácil a análise intertextual dos textos. Trata-se da presença do ciúme nos dois livros, que de resto sempre foi tema encontrado na Literatura Universal. Os dois personagens principais, Paulo Honório em São Bernardo, e Luís da Silva em Angústia, a seu modo, expressam um ciúme paranoico, que gera duas tragédias pessoais: a morte da esposa Madalena em São Bernardo, que se suicida diante da pressão do marido; e a perda da noiva Marina para o comerciante Julião Tavares, levando Luís da Silva a assassinar o rival. Todo esse processo de desconstrução dos dois personagens é seguido de uma desagregação psicológica degenerativa, sem volta e facilmente compreendida por quem faz a leitura das duas obras. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E aí, um outro romance, de dimensão grandiosa dentro da Literatura Brasileira, pode servir como mais um elemento comparativo para o estudante de nível Médio: Dom Casmurro, de Machado de Assis, a sua maneira, traz o ciúme, a desconfiança, como um dos temas centrais, havendo, nesse momento, a possibilidade, de uma análise formal entre os três livros: a mesma escrita enxuta é encontrada nas obras maiores dos dois escritores. Linguagem carregada de essencialidade. Temáticas semelhantes, abordagens diferentes, em Machado e em Graciliano, parecidos os dois, e, ao mesmo tempo, díspares, pois cada um com sua personalidade própria de escritor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O passo seguinte e definitivo, é fazer um estudo da Intertextualidade, mostrando o dialogismo dentro da obra de um mesmo autor. Dois escritores poderiam servir de modelo nesse exercício: José Lins do Rego, na prosa, e Manuel Bandeira, na poesia. Ambos ricos em relação à Intertextualidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Afora isso, lembremos de outras expressões artísticas sobre a obra de Graciliano Ramos. Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do Cárcere são livros adaptados para o cinema que, pela qualidade, acrescentam, e muito, algo mais sobre a produção do gênio alagoano. O teatro é outra expressão artística que poderia ser utilizada pelos alunos em um estudo na forma de monólogo, principalmente com relação a Angústia e São Bernardo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim, recordar a contemporaneidade do Mestre Graça. Sua atualidade, mostra, sobretudo, o autor que ultrapassou o seu tempo. Como o mago Machado de Assis, demonstrou que os dramas humanos vão além de um período histórico, inserem-se naquela visão de que grandezas e mesquinharias acompanharão o homem, independendo da época e que sempre valerá a pena estudar um artista como Graciliano, que produziu um trabalho de humanismo ímpar e que dificilmente será apagado, por ser regional, brasileiro, mas, principalmente, universal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">DOUGLAS MENEZES É PROFESSOR DA REDE OFICIAL E PARTICULAR DE PERNAMBUCO, FORMADO EM LETRAS E EM COMUNICAÇÃO SOCIAL. ESPECIALISTA EM LITERATURA BRASILEIRA E EM LEITURA, COMPREENSÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">EMAIL: douglasmenezesnet@gmail.com</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-84930761663782851292012-10-14T21:03:00.003-03:002012-10-14T21:03:48.315-03:00Como é grande o meu amor por você!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgghOYdcgsr3G7z6wGmOGkUACJMavEG_EMCthVqq9L_YkDjXNdnqavRvmIb6M0m3LXLDR4Xp0ECTC0vZe4FV7fXA4okteXFAt4aWmMZ6NSPxQhfkeYKBZ1RSgS4PHRrvoDd9jKBy7vG4MA/s1600/cabo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgghOYdcgsr3G7z6wGmOGkUACJMavEG_EMCthVqq9L_YkDjXNdnqavRvmIb6M0m3LXLDR4Xp0ECTC0vZe4FV7fXA4okteXFAt4aWmMZ6NSPxQhfkeYKBZ1RSgS4PHRrvoDd9jKBy7vG4MA/s640/cabo.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Antonino
Oliveira Júnior.*<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Às
vezes nem sei o que sinto,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se
é ciúme ou raiva;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tu
, que me tens de tanto tempo<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Te
entregas a aventuras,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
coisas passageiras;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E
sinto raiva<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando
te vejo amorosamente caída<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em
braços sem ternura;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando
te entregas<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A
quem te usa e depois te descarta.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
ciúme fere-me a alma<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E
uma lágrima morna rola em meu rosto<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E
eu sofro,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como
quem vê distante um grande amor;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E
relembro todos os nossos momentos<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na
quietude de tempos outros<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Das
juras de amor eterno, da cumplicidade;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não
gosto de ver-te assim, como estás...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sinto
raiva de quem te machuca<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E,
ainda que, morto de ciúmes,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Queria
colocar-te todinha em meu colo<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E
falar baixinho ao teu ouvido:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Ah,
minha cidade,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como
é grande o meu amor por você!”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><strong>Antonino Oliveira Junior é membro da Academia Cabense de Letras</strong></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-60784364702655112172012-06-01T17:08:00.000-03:002012-06-01T17:08:41.002-03:00GUERRA E PAZ ENTRE OS TRÊS PODERES<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGjuSRb8u0xIsPWNN-vnWiMk7EnEDw7nEN2JR2SKaC67R9v05xGcK8caa4cWzAaw0Bot88muSJfCnk1Q1IGTTMrPqWEJCmkiWYj9qurL-zdUmL4iMpuUcZd14cjQVCIMYEySjcPpAs_fc/s1600/rhodes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGjuSRb8u0xIsPWNN-vnWiMk7EnEDw7nEN2JR2SKaC67R9v05xGcK8caa4cWzAaw0Bot88muSJfCnk1Q1IGTTMrPqWEJCmkiWYj9qurL-zdUmL4iMpuUcZd14cjQVCIMYEySjcPpAs_fc/s640/rhodes.jpg" width="298" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Segundo Antipatro de Sidon, as sete maravilhas do mundo antigo eram: o Templo de Artemis, as Pirâmides de Gizé, o Mausoléu de Halicarnasso, os Jardins suspensos da Babilônia, o Farol de Alexandria, a Estátua de Zeus Olímpico e o Colosso de Rhodes. As sete do mundo moderno, de acordo com o Dr.Pangloss, são: o facebook, o futebol, o funk, as telenovelas, o big-brother, o direito de permanecer calado e a pizza.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>A democracia e o sistema republicano ainda não fazem parte dessas maravilhas, mas são as melhores invenções que temos para, salvo melhor juízo, usufruirmos da cidadania. Uma boa República (com "R" Maiúsculo como a nossa) é formada pela união indissolúvel das partes e fundamentada no pluralismo político. Os poderes da boa República não advêm da força, mas da independência e harmonia entre o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, assim chamados os Três Poderes da teroria consagrada pelo pensador francês Montesquieu em "O Espírito das Leis". O Executivo tem esse nome porque é ele que faz a máquina funcionar. O chefe (ou chefa) do Executivo é uma espécie de maquinista no estrito cumprimento e desempenho do serviço público. É o executor, o encarregado de executar (no bom sentido, pois executar pode significar tocar um instrumento, cantar um bolero ou matar alguém; não é o caso!). Por que três poderes e não quatro, dois, ou nove? O ternário é o ternário, ora essa!, sempre fascinou a inteligência humana: o triângulo é a figura da geometria plana que tem o menor número de lados, o protótipo da economia de retas e de ângulos. Uma mesa, para ficar em equilíbrio, tem de ter, no mínimo, três pés (um tripé), fato que promove imediata estabilidade. A mesa de quatro pés precisa ser equilibrada em prumo e nível a custo de muita medição e lixa para não ficar bonita, mas cocha. O sistema dos três Poderes funciona como o tripé - faz o equilíbrio instantâneo pela força do Direito, sem a necessidade de ajustes aqui e cochichos ali. Se faltar ou fraquejar um desses Poderes, a república cai para “r” minúsculo e só poderá ser mantida pelo direito da força. Fragilizam-se pernas, primeiro pelo deboche e descrédito. Depois, a desmoralização. O ataque frontal é simples consequência e o bruto vence sob o aplauso do populacho. Vejam esses exemplos:</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Em 2 de Junho de 1793, a população de Paris, agitada pelos partidários de Jacques Hébert, redator do Père Duchesne, cercou o prédio da assembleia, pedindo a expulsão e prisão dos deputados girondinos. Hébert pressionou o regime jacobino para instituir o Reino do Terror. O líder jacobino Robespierre (chamado “O Incorruptível”) tornou-se, com amplo apoio popular, um autêntico “executor”: sancionou execuções sumárias, condenando à morte mais de duas mil pessoas. E anunciou que a França não necessitava de juízes, mas de guilhotinas. O populacho recebeu às mancheias o que havia pedido.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>No nosso século, o então Partido Social Democrata Alemão obteve grande vitória eleitoral em 1928 e formou um governo de coalizão com os partidos populares e de centro. Em 27 de fevereiro de 1933, o Reichstag (prédio do parlamento em Berlim) foi incendiado, dando ensejo ao estabelecimento da Alemanha nazista. Botaram a culpa em Marinus van der Lubbe, um estudante rebelde vindo da Holanda, e ponto final. Adolf Hitler, empossado como chanceler, incitou o Presidente Hindenburg a passar um decreto de emergência visando “manter a ordem no país”. Dessa forma, os nazistas foram consolidando o sistema totalitário. Cassados todos os parlamentares comunistas e democratas, os nazistas obtiveram maioria no parlamento onde apresentaram a “lei de Autorização” que revogava a Constituição em vigor e autorizava o governo nazista a ditar leis sem a necessária aprovação dos deputados. Em seguida, voltaram-se contra o Judiciário: os juízes foram obrigados a afirmar que "Hitler é a lei!". Com a Lei de Serviços Civis de 7 de abril de 1933, foram afastados os juízes que não estavam "aptos" a trabalhar em favor do Estado nacional-socialista. Os juízes remanescentes foram manipulados para desrespeitarem a lei em favor do nazismo de Hans Frank, comissário de Justiça e líder Jurídico do Reich. Advogados, funcionários da justiça e magistrados foram obrigados a associar-se à Liga Nacional-Socialista dos Juristas Alemães sob pena de perderem seus cargos e registros profissionais. A imprensa ficou sob o controle pessoal de Hitler, tornando-se porta-voz do governo através do propagandista Goebbels. Os partidos de oposição e os sindicatos independentes foram dissolvidos. Todos os indivíduos contrários a ideologia nacional-socialista foram presos, deportados ou executados. Isso sem falar nas teorias raciais e suas consequentes perseguições nos diversos âmbitos da sociedade. O novo Estado foi reorganizado em sociedades e corporações inspiradas no conceito de vril, o poder da raça futura. A indústria pesada recebeu incentivos para se adaptar à fabricação de material bélico. A essas manobras se seguiram-se a Sondergericht, cortes especiais compostas de juízes da confiança do partido, as cortes populares de juízes profissionais e funcionários do partido nazista, a SS e a Wehrmacht.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Num piscar de olhos...</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>É assim que se transforma um Executivo em poder executante – na melhor das hipóteses, o poder daquele que executa ou canta uma péssima composição musical. Na Alemanha foi Horst Wessel Lied, hino da suástica; na Itália, a Giovinezza dos camicie nere, na Rússia bolchevique, a Internazional.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Segura daqui e segura dali, e ainda insistem na exportação e importações dessas ideias de força pela força.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>- Da minha parte, prefiro ouvir o brado retumbante de um povo heróico, às margens plácidas do Ipiranga, com paz no futuro e glória no passado! – sem instrumentos dissonantes soprando na hora errada e em lugares impróprios.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>José Maurício Guimarães</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>http://zmauricio.blogspot.com.br/</strong></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-5462924150602585172012-04-14T15:31:00.000-03:002012-04-14T15:31:34.506-03:00ACADEMIA CABENSE DE LETRAS PROMOVE TRÊS EVENTOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKA7X1V5ASYsqS_kfHzA82oA7lpUrFnIRjQykmgkIzDG-rZNvUMZgUF1go7aXcP4fhcxy6773IQNILBxI4b0ngqJQNFoAb7bnO2EdspWdHnLbWp80M14vK1XPm5rWhLt3wcV73yXQf4bY/s1600/CONVITE+ACL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" nda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKA7X1V5ASYsqS_kfHzA82oA7lpUrFnIRjQykmgkIzDG-rZNvUMZgUF1go7aXcP4fhcxy6773IQNILBxI4b0ngqJQNFoAb7bnO2EdspWdHnLbWp80M14vK1XPm5rWhLt3wcV73yXQf4bY/s640/CONVITE+ACL.jpg" width="640" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-92231870950759103492012-03-16T17:01:00.000-03:002012-03-16T17:01:19.839-03:00SANTA MARIA ! E LA CONSOLACION? (Resistir é preciso)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuU2vgK2nBMwRM6-a3XTowqfh7mOvYm1e8iOARMtMg5_sOD8Q30Abf_TbONG6KkdjmN0scF57wYrzsD7wohyphenhyphengBnaS_CL4txYyJlmD0GXXr_yYCbyX_Y7uhKHKviiKcScY-HWnJSf6J1Y/s1600/FOTOS+NIVER+PIETRA+048.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img aea="true" border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuU2vgK2nBMwRM6-a3XTowqfh7mOvYm1e8iOARMtMg5_sOD8Q30Abf_TbONG6KkdjmN0scF57wYrzsD7wohyphenhyphengBnaS_CL4txYyJlmD0GXXr_yYCbyX_Y7uhKHKviiKcScY-HWnJSf6J1Y/s640/FOTOS+NIVER+PIETRA+048.JPG" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antonino Oliveira Júnior</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Na primeira noite</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">eles se aproximam..."</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São os invasores</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">que nos dominam</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e nos querem passivos e submissos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E como tu os abraça!</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os teus filhos nativos</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">sofrem dores e pesadelos</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">por eles impostos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E como tu os repudia (os filhos)</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Santa Maria!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">quando será "La Consolacion"</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">dos que saíram de teu ventre,</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">dos que te amam de verdade?</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em mim já não cabe essa tristeza</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(cabe em alguém a tristeza do mundo todo?)</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e explode a revolta do filho maltratado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Jerusalém, Jerusalém..."</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E se nada fizermos agora</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">nada mais vamos poder fazer.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antonino Oliveira Júnior é da academia Cabense de Letras</span><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-41778224319255576352011-12-08T09:52:00.002-03:002011-12-08T09:55:30.621-03:00JOSÉ LINS DO REGO<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_y1K2kE5HPBM5FKo5adwQcxwI1BLnv3hZOU4TbHUHLo_LnageESglfx_U6c_RfjKxhv3eGmdjhZP8Xq6XpOZhf4k3Fda8pukezKIK9xEpACxuP-Xn1RJKPSq73WJG7z3wrnj1F-WfV1U/s1600/JOSE+LINS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_y1K2kE5HPBM5FKo5adwQcxwI1BLnv3hZOU4TbHUHLo_LnageESglfx_U6c_RfjKxhv3eGmdjhZP8Xq6XpOZhf4k3Fda8pukezKIK9xEpACxuP-Xn1RJKPSq73WJG7z3wrnj1F-WfV1U/s640/JOSE+LINS.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A DOCE AMARGURA DO FINAL DE UM CICLO</div>
<div style="text-align: justify;">
BANGUÊ: A ESTÉTICA DO OCASO </div>
<div style="text-align: justify;">
DOUGLAS MENEZES</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A linguagem telúrica, o conteúdo melancólico, a tristeza que paira em cada página que circunda os personagens, o apocalipse de um ciclo socioeconômico que aprofundou o capitalismo dependente do início do século vinte e aumentou a miséria do camponês, levando à falência centenas de senhores de engenhos na zona canavieira nordestina. Este o universo do escritor paraibano. Triste como o povo. Sofrido como o povo. Arte simbolizando decadência. A doce amargura do final de um período.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
José Lins do Rego não só no enredo, mas na ênfase às paisagens, na formação dos personagens, buscou, na obra Banguê, evidenciar, em tudo, a dolorosa transformação das pequenas fábricas de açúcar em poderosas usinas, afirmando o capitalismo e tornando o povo mais miserável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Analisar esse romance é também vislumbrar um painel histórico e viajar por uma época poética, fazendo-nos sentir o gosto do mel, o cheiro do açúcar, mesmo que esse cheiro e gosto sejam amargos para a gente sofrida, para aqueles que preferiam viver como escravos, porque as máquinas das usinas lhes tiraram tudo, até mesmo o “pirão” dado de esmola pelos donos de engenho.</div>
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Estudar a arte da decadência em Banguê, é fazer uma reflexão, que embora passadista, nos faz pensar no tempo de hoje. Tempo ainda escuro, injusto, concentrador de renda. Um tempo que precisamos contar e cantar com isenção, trazendo a marca de que ser omisso, é concordar com o sofrimento de uma gente que padece há mais de quinhentos anos.</div>
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Esse livro não vai morrer tão cedo, pois é vivo enquanto história e enquanto houver gente com fome. Nele, a beleza no aparente feio; a fealdade no belo apenas para os olhos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE3qp2-MIqQFEjzAAzW2fIokVL7Nvuf7bu7xbmOSMCSpHO1AydlNZIl6bi7jAcHPo4wg37ED31gvuU9GwkZOlBHOZSbEh8GrYoQuJBjOTyREHgfzI6NJE93J8T55CAI2ys6bgOysJecPI/s1600/ENGENHO+DE+JOSE+LINS.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE3qp2-MIqQFEjzAAzW2fIokVL7Nvuf7bu7xbmOSMCSpHO1AydlNZIl6bi7jAcHPo4wg37ED31gvuU9GwkZOlBHOZSbEh8GrYoQuJBjOTyREHgfzI6NJE93J8T55CAI2ys6bgOysJecPI/s400/ENGENHO+DE+JOSE+LINS.bmp" width="400" /></a></div>
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Engenho de José Lins</div>
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A doce amargura do final de um ciclo. Juntos, em sua obra, a memória e a ficção. A conotação que serve à sociologia. A transfiguração do real é, na verdade, o suporte para que entendamos sua voz. Entendamos essa realidade tão viva que ora é tratada como sociologia, ora é a mais pura ficção, cuja literariedade está, justamente, em tecer uma linguagem aproximada do tempo e espaço onde sua obra é produzida.</div>
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Injusto dizer do paraibano ser ele apenas um memorialista, um menino de engenho relaxado em relação ao ofício de ficcionista. Certo dizer que em sua obra a memória é constante. Em tudo o que se escreve há um pouco da vida do artista. Pode-se mesmo constatar: em seus livro há muito do que ele viveu, notadamente na infância. Mas inegável, também, é confirmar que O livro nos aproxima da visão de uma estética da decadência: Banguê. Nele, o tratamento dado é de uma linguagem que combina com a intenção maior: explicitar o momento decadente da zona canavieira nordestina. E mais ainda, vislumbrar a perplexidade do povo, vítima de uma fatalidade que dura séculos. Explica-se o fator econômico de forma extremamente literária. Literatura, nada mais que isso: entender a economia de uma região e de um ciclo de uma forma figurada, com personagens bem delineados, e alguns até com densidade psicológica. Injusto encontrar o autor nessa obra. A não ser no cenário vivenciado por ele na infância. Banguê é obra de ficção madura, sensível, dentro do espírito do Regionalismo Moderno, notadamente no discurso oral da linguagem, que nos aproxima da fala do homem comum. O livro, uma música. A sinfonia do melancólico. Um canto que nos faz sentir o cheiro da cana, o doce do melaço, o gosto sensível dos frutos daqui. E que, ao mesmo tempo, nos traz o aroma de suor do pobre homem do eito.</div>
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O odor acre do sangue derramado, daqueles que fazem a riqueza dos outros e não têm nada. O perfume nauseabundo das crianças amarelas e famintas, sujas no corpo, exalando a diarreia que a fome e os vermes entranharam em suas vidas; elas limpas na alma, essas crianças, porém.</div>
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A verdade é que, em Banguê , a tristeza é a tônica. O autor, obcecado em fixar a decadência de um período, deu unidade temática ao romance. O desânimo contagia a obra. Desânimo intencional que não tira o vigor do livro. Os seres principais envolvidos no enredo evidenciam a postura ideológica de José Lins do Rego. , Carlos Melo, José Paulino, entre outros, são agentes sociais, são a fala do autor, são os pensamentos vivos de quem nasceu e viveu grande parte da existência naquele mundo regional, tão particular, mas, porque as dores do homem estão em todo canto, ao mesmo tempo universal. Miseráveis e injustiçados são vítimas em qualquer lugar do mundo.</div>
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Há de observar-se no romance além do aspecto triste, o lado telúrico, inconfundível, e o colorido que dá movimento à tristeza da história, além de um brasileirismo calcado na paisagem canavieira, no monótono arrastado do carro-de-boi, no “banzo” presente em tudo. Isto fez o crítico Otto Maria Carpeaux afirmar: “José Lins é brasileiríssimo. Grande Literatura. São os seus romances um grande momento. Os historiadores do futuro aproveitar-se-ão desse documento para reconstruir todo um mundo. Essa obra não morre tão cedo. É eternamente triste como o povo. É o trovador trágico da província”.</div>
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O bafejo de morte que ronda o livro nos leva a um mundo que, ao contrário, é só vida. Isto porque o fatalismo ali encontrado nos remete à luta instintiva pela sobrevivência. Locomovem-se, os personagens, mesmo caminhando para um final anunciado, para um futuro de aniquilamento.</div>
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O que entendemos, então, é que a estética da decadência só foi possível ser evidenciada por conta da espontaneidade da linguagem, sem a qual o mundo expresso perderia sua autenticidade. Por isso, a obra de José Lins do Rego é vista como algo instintivo, natural, fluente, melancólico, triste, saudoso, passadista, poético. E Otto Maria, em um prefácio de Fogo Morto, vem colocar foros de verdade no que dissemos até agora: “A obra de José Lins é ele mesmo. É profundamente triste. É uma epopeia da tristeza, da tristeza da sua terra e da sua gente, da tristeza do Brasil. Na tremenda saúde física de José Lins do Rego há a consciência desesperada de todas as doenças possíveis e da morte certa. Há na sua obra a consciência de que tudo está condenado a adoecer, a morrer, a apodrecer. Há a certeza da decadência dos seus engenhos e dos seus avós, de toda essa gente que produziu, como último produto, o homem engraçado e triste que lhe erigiu o monumento. É grande Literatura”.</div>
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Um outro aspecto em Banguê, que facilita a compreensão da intencionalidade do autor em fixar o mundo decadente dos engenhos ou o fim desse mundo, é o fato do escritor ser um contador de histórias, um dos últimos. A linearidade de sua narrativa está em extinção. Hoje se busca um texto mais complexo e introspectivo. É como se o seu modo de contar morresse com os engenhos e a derrocada dos personagens.</div>
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A visão de decadência, no entanto, nos aparece nítida nos personagens marcantes no romance. É tese confirmada. São eles, os seres criados e evocados que completam o conjunto final de um ciclo. Em Banguê, dois deles sintetizam o tom sepulcral. A hora da morte, o lutar em vão pela continuidade do que está irremediavelmente perdido. José Paulino é o patriarca do final dos tempos. Os banguês tragados pelas usinas, mecanizadas, trazendo o progresso e o desemprego para milhares de camponeses semiescravos, mas, ainda assim, com seu pedaço de terra do engenho para plantar o que comer. Sintomático, logo no inicio da história, a constatação do personagem-narrador Carlos Melo, como uma cortina se abrindo, desnudando uma realidade sem fantasia, sem romantismo, doce amargura: “ O meu avô passava no quarto sem olhar. Na mesa não tinha mais aquela alegria de outrora. Falava da seca, do algodão em baixa, tudo o que não me interessava de perto”.</div>
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Deprimente Carlos Melo na confissão exageradamente humana. Poeticamente humana. Sensivelmente humana. Tão a gosto de José Lins do Rego: “ Ele era tudo para mim. Amava-o imensamente, sem ele saber. Via a sua caminhada para a morte, sentindo que todo o Santa Rosa desaparecia com ele”. E a frase que é uma sentença: “ Começava a sentir a decadência do meu avô”.</div>
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E como todas as histórias de fim de tempo, também essa traz reminiscências: “ Nos outros tempos, o velho José Paulino não parava, a gritar para todos os cantos. Montava a cavalo para ver o corte, gritava para os carreiros, para os maquinistas, mandava recados para o mestre de açúcar, para os caldeiros. Nada lhe parecia feito, tido ainda dependia de suas ordens. Comia depressa e saia para sua torre de comando, que estava em todos os lados do seu navio”.</div>
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E como os personagens de José Lins do Rego são fortes na incessante busca do passado! Na lembrança de que o bom já passou, recordando Chico Buarque no início de carreira. Um Realismo romântico. A evidência: hoje é o ruim, o pior está para acontecer. O progresso esmaga a esperança, e o refúgio é o pretérito recente, presente, como um passado atual. O neto que vai fracassar, e, num átimo, volta ao presente e pressente o início do fim: “Quando passava pela porta do meu quarto, eu sentia que com ele se ia todo o velho José Paulino. Tio Juca falhara, e os netos não davam para nada . E a morte rondava-lhe a cama de couro. Oitenta e seis anos já eram um fim de vida. Mas o via de longe, dormia a noite toda, acordava de madrugada, andava por toda a parte. Não me iludia, entretanto, com essa resistência. Um dia ou outro, cairia” (Banguê).</div>
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O que se nota é que nem toda a dignidade do coronel José Paulino consegue trazer um fio de esperança para que algo de bom aconteça no ambiente do romance. O envelhecimento do modelo econômico é o envelhecimento do patriarca. Sua morte não possui a glória dos heróis que parecem morrer felizes. Ele, uma árvore desfolhada pelo tempo, fragilizada até a raiz, pois os seus não continuam sua obra. Os herdeiros representam o fracasso. O neto, pusilânime, não consegue dominar os miseráveis que o coronel conseguira trazer sob domínio, a flor e ferro. Árvore que cai, porque a raiz está apodrecida, carcomida pelo atraso.</div>
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Carlos Melo fracassa em tudo: na profissão, no amor, no comando do engenho. Mas ele é apenas a peça de uma engrenagem já enferrujada. O rolo compressor do novo momento econômico o arrasta, como a todos. É o progresso do subdesenvolvimento, onde a máquina que facilita a produção, aumenta a desigualdade entre os homens, concentra a riqueza e faz a vida mais sofrida, principalmente para os eternos párias do campo. Melhor ser escravo de Zé Paulino, a ser expulso de suas casas pela usina. Esta a lógica da inconsciente massa de camponeses do início do século vinte. Assim, o personagem- narrador de Banguê entrança-se no emaranhado de uma teia sem fim. Labirinto de saída inexistente. Resta a fuga. O desaparecer em busca de um lugar: o esquecimento.</div>
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Em Banguê, infeliz, sempre, o destino dos personagens verticais. Todos caminhando para o vazio.</div>
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E o romance, no final, atesta, de modo poético, que todos os personagens ou “viajam” para a morte, ou fogem a lugar nenhum. A síndrome apocalíptica de uma época atinge a todos, mesmo os que se beneficiam da derrocada dos outros. Exército de infelizes: ricos e pobres.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6JVKiG32xSSTwm6SgLvVxQwgJN3FLioyo-EjVNkbgaqIoO_P1H7t82V9jNO7ovgavrL2dG-PSdy8rfhxoyCpD-Ie9webqobIw_p0pZEXacrKMuGeShZnUq7pbr8OEgQTkyDhcVR_fHq8/s1600/DSCF0669.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6JVKiG32xSSTwm6SgLvVxQwgJN3FLioyo-EjVNkbgaqIoO_P1H7t82V9jNO7ovgavrL2dG-PSdy8rfhxoyCpD-Ie9webqobIw_p0pZEXacrKMuGeShZnUq7pbr8OEgQTkyDhcVR_fHq8/s200/DSCF0669.JPG" width="150" /></a></div>
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DOUGLAS MENEZES É FORMADO EM LETRAS PELA UNICAP E EM COMUNICAÇÃO SOCIAL PELA UFPE. PROFESSOR DAS REDES OFICIAL E PARTICULAR DE PERNAMBUCO. PÓS GRADUADO EM LITERATURA BRASILEIRA, PELA FAINTIVISA E EM LEITURA, COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO PELA UFPE. É MEMBRO DA ACADEMIA CABENSE DE LETRAS.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-71480054304326939092011-11-25T14:03:00.000-03:002011-11-25T14:03:31.984-03:00ACADEMIA CABENSE DE LETRAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAAJXJ0HT_RrDLaZPhAyd2hAYrESxDtWjmMtnIRmJ2ZWZZHYgYy43WX40UYlV7pdVIXHFV4btj0jIy_-OzuY9WdtCTsdYhMuCdxehJw5QIumLJl703bZwJR9pxRm8trnYSp_xiVhnd8Fo/s1600/ACL_foto_oficial_academia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hda="true" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAAJXJ0HT_RrDLaZPhAyd2hAYrESxDtWjmMtnIRmJ2ZWZZHYgYy43WX40UYlV7pdVIXHFV4btj0jIy_-OzuY9WdtCTsdYhMuCdxehJw5QIumLJl703bZwJR9pxRm8trnYSp_xiVhnd8Fo/s640/ACL_foto_oficial_academia.jpg" width="640" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-47768614779712381712011-10-28T17:08:00.000-03:002011-10-28T17:08:57.029-03:00CAMÕES NO SEXTA DE LETRAS<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUAIjWu9m0Pn_kC-nBnWYfIULiPxCkDuQ1fUpLWZp5dGa_1r3lvVaHLnCdtGRtxLFXERbAH9MJYl5-j0evSV6ieFdzBI75s7yIa-QdJMyDLCD5QNoESie_oQ6HT3d4nN7fstrusrziS34/s1600/CAM%25C3%2595ES+CONVITE+CAPA_FINAL_BOA.jpg" imageanchor="1" style="height: 319px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; width: 505px;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUAIjWu9m0Pn_kC-nBnWYfIULiPxCkDuQ1fUpLWZp5dGa_1r3lvVaHLnCdtGRtxLFXERbAH9MJYl5-j0evSV6ieFdzBI75s7yIa-QdJMyDLCD5QNoESie_oQ6HT3d4nN7fstrusrziS34/s640/CAM%25C3%2595ES+CONVITE+CAPA_FINAL_BOA.jpg" width="596" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-91080761216503589522011-09-28T17:38:00.000-03:002011-09-28T17:38:13.815-03:00ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO DE GESTÃO EM RESTAURO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3CFLf8hyugvY1atBk65ssk0zNF6tGS3bWJ17nrEhV698W6gHGHQxlVYUhh6i6gfXTMELlYo1kcCBRIKbyDIgyz32Nwr8c5fo06JjrPS68yUKMHHLt8wmt_dYl7SghIH9g9nzmZM95B8I/s1600/CETI.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3CFLf8hyugvY1atBk65ssk0zNF6tGS3bWJ17nrEhV698W6gHGHQxlVYUhh6i6gfXTMELlYo1kcCBRIKbyDIgyz32Nwr8c5fo06JjrPS68yUKMHHLt8wmt_dYl7SghIH9g9nzmZM95B8I/s320/CETI.bmp" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estão abertas as inscrições para 12ª Edição do Curso de Gestão de Restauro e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural oferecido pelo CECI em parceria com Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Curso é uma iniciativa pioneira no Brasil para capacitação e aperfeiçoamento de profissionais e interessados em atuarem no campo preservação, com foco em execução de obras e serviços em edificações culturais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde sua primeira edição, o curso vem oferecendo aos participantes o contato direto com as práticas tradicionais e as técnicas mais avançadas sobre as habilidades de um gestor nos âmbitos conceituais, técnicos e humanos, para que se constitua a necessidade de se romper com paradigmas e dogmas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nessa edição, além da grade regular do curso, é oferecido, ao participante à oportunidade de um aprofundamento complementar, à escolha do aluno, em técnicas específicas de intervenções nas áreas de cantaria, pintura, metais ferrosos e não ferrosos, azulejos históricos, estuque, finto-mármore, esculturas de madeira e ladrilhos e mosaicos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O curso possui carga horária de 390 horas/aulas e está dividido em módulos: Módulo Virtual, realizado por meio da tecnologia de EAD/Ensinar/Virtus-UFPE (Ensino à Distância) e Módulo Presencial, através de método pedagógico de interação direta entre aluno, professor, mestres de ofícios e artesãos-operários num encontro de um mês (30 dias) numa cidade histórica de Pernambuco e viagem de estudos. Em caso de o aluno fazer as disciplinas optativas, a carga horária final totalizará 480 horas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estão disponíveis apenas 30 vagas e as inscrições já podem ser feitas através do site www.ceci-br.org. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para mais informações, entre em contato: +55 21 81 34393445 ou 34291754 ou através do e-mail: restauro@ceci-br.org </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-74951183632395084622011-09-12T11:36:00.000-03:002011-09-12T11:36:27.502-03:00Manuel: Essa Bandeira Pernambucana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCToW92JIuXu6srEmEvJ22ic4c6lwY32uODpy6pcWTp79DWFdbJryCvzzhxqdCRVlUazfdYeao9m3WBeVKCSEcObLXKZGGUXzLB6pC7GfvcV8dJxR_Bzy9dVLZ0g9KdmKBVXloIEW3rDc/s1600/Manuel-Bandeira-poesia-brasileira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCToW92JIuXu6srEmEvJ22ic4c6lwY32uODpy6pcWTp79DWFdbJryCvzzhxqdCRVlUazfdYeao9m3WBeVKCSEcObLXKZGGUXzLB6pC7GfvcV8dJxR_Bzy9dVLZ0g9KdmKBVXloIEW3rDc/s400/Manuel-Bandeira-poesia-brasileira.jpg" width="395" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Douglas Menezes </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Relendo outro dia a obra de Manuel Bandeira, voltei a impressionar-me com o conteúdo humano do trabalho artístico do poeta pernambucano. Não que pairasse sobre mim alguma dúvida em relação à qualidade poética desse recifense maior. Digo mesmo que todo brasileiro sensível deveria ler a poesia de Bandeira. O que afirmo, no entanto, cheio de encantamento é que o seu legado, repleto de humanidade, traz, sobretudo, uma atualidade que não sente a passagem do tempo. Isto porque há, hoje no mundo, um novo sopro de humanismo fazendo frente ao desregrado materialismo tecnológico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em Bandeira, a fusão simplicidade, conteúdo profundo e ternura humana são uma constante. Mesmo nos poemas intimistas onde o poeta deixa transparecer sua solidão, sua tristeza por não ter sido um homem comum, não se encontra gestos de revolta, mas de resignada melancolia: “Vi uma estrela tão alta! / Vi uma estrela tão fria! / Vi uma estrela luzindo / Na minha vida vazia”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tuberculoso desde jovem, solitário, mas muito respeitado, sempre esperando morrer no próximo mês, Bandeira possuía um senso de amor às pessoas muito raro. Um humanismo que só os grandes espíritos atingem na passagem aqui pela terra. E esse carinho foi expresso, principalmente, em relação a seres humildes, a pessoas anônimas, que não são notícias: “Irene preta / Irene boa / Irene sempre de bom humor. / Imagino Irene entrando no céu: / - Licença, meu branco! / E São Pedro bonachão;/ -Entra, Irene. Você não precisa pedir licença”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Manuel foi um solitário, solidário aos outros. Cantou o amor que não teve. Cantou a mulher que não possuiu. Mas inventou palavras para ela: “Beijo pouco falo menos ainda. / Mas invento palavras/ Que traduzem a ternura mais funda / E mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransitivo: / Teadoro , Teodora”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A solidariedade social também está presente em sua obra, como forma de denunciar a miséria , a injustiça e a grande dívida social deste país para com os pobres: “ Vi ontem um bicho/ Na imundície do pátio / Catando comida entre os detritos. / Quando achava alguma coisa, / Não examinava nem cheirava: /Engolia com voracidade. / O bicho não era um cão, / Não era um gato,/ Não era um rato. / O bicho, meu Deus, era um homem”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No seu grande texto confessional, a visão da vida que queria ter, e não pôde. Mesmo ali, nada de revolta e sim, uma fantasia, a criação de um mundo hipotético, como se não quisesse incomodar o próximo com sua dor real:”Vou-me embora pra Pasárgada/ Aqui eu não sou feliz/ Lá a existência é uma aventura/ De tal modo inconseqüente/ Que Joana a Louca de Espanha / Rainha a falsa demente / Vem a ser contra-parente / Da nora que nunca tive”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim, não cabe aqui, em poucas linhas, dizer do valor que possui, por ser portentosa, grandiosa, a Literatura de Bandeira. Isto é apenas um tributo humilde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A poesia de Bandeira, na verdade, é diamante. É um sol que não se apaga. É lua cheia sobre o mar. Um acalanto que nos faz dormir. Um céu cheio de azul. Os olhos verdes da moça, confundindo-se com o canavial. É a fruta doce deste lugar. Pois ele, Manuel, afinal, é a Bandeira maior de Pernambuco.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*Douglas Menezes é professor, escritor e da Academia Cabense de Letras.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-91953785500433738452011-09-06T11:29:00.000-03:002011-09-06T11:29:35.390-03:00HISTÓRIA DE PERNAMBUCO MAIS ACESSÍVEL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi178QVgtekgOHJ-CPlEnIOT27k18DvTgc8EaY2KHKH4kaduOqwtlC-BbH-ch879_L_l1uyjLAgurZOwsa7Kquikw9C01MBQj4NTHAdLKv899QOaP7OTu6u2Jh0bFIPzoQTCaQU9rYb9z0/s1600/pernambu1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi178QVgtekgOHJ-CPlEnIOT27k18DvTgc8EaY2KHKH4kaduOqwtlC-BbH-ch879_L_l1uyjLAgurZOwsa7Kquikw9C01MBQj4NTHAdLKv899QOaP7OTu6u2Jh0bFIPzoQTCaQU9rYb9z0/s640/pernambu1.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />Um convênio firmado entre a Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras e o IAHGP permitiu que cerca de 30 mil páginas de documentos históricos de interesse para Pernambuco fossem digitalizados e microfilmados. Estes documentos pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional e foram produzidos entre os séculos XVI e XIX. A iniciativa partiu do Associado Roberto Cavalcanti e foi levada a cabo com o apoio da Academia Brasileira de Letras, presidida atualmente pelo pernambucano Marco V. Vilaça. As cópias em suporte digital e em microfilmes foram entregues à Presidente do IAHGP, Dra. Margarida Cantarelli, em solenidade realizada no Rio de Janeiro no passado dia 30 de agosto. Também foi produzido um catálogo dos documentos. Em breve será possível consultar todo este material no IAHGP e on-line pelo site da instituição.<br /><br />Atenciosamente,<br />Equipe IAHGP<br /><br />Acesse: <a href="http://www.institutoarqueologico.com.br/">http://www.institutoarqueologico.com.br/</a></span></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-78020366400422375152011-08-31T14:01:00.000-03:002011-08-31T14:01:09.795-03:00REFLEXÕES DE MULHERES ILUSTRES<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvqc_RBfOO2mTuA5gaYxdT_Ho0vGahj9GoHVE-TqUaLrGNhkPN59amJxEykaT_yVDNxqU0BvGUkc54nZC6i6CysX9cbZZt6jnHgEBaDOtOwP6YmZ6XMMTw9WwjXGGHiuK8dPNNddcpSI/s1600/MULHERES.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvqc_RBfOO2mTuA5gaYxdT_Ho0vGahj9GoHVE-TqUaLrGNhkPN59amJxEykaT_yVDNxqU0BvGUkc54nZC6i6CysX9cbZZt6jnHgEBaDOtOwP6YmZ6XMMTw9WwjXGGHiuK8dPNNddcpSI/s400/MULHERES.jpg" width="400" xaa="true" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores."</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Cora Coralina, poetisa</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">" Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição lá."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Indira Gandhi, estadista</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Aprendi com as primaveras a me deixar cortar e voltar inteira."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Cecília Meireles, poetisa</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Amor é como mercúrio na mão. Deixe a mão aberta e ele permanecerá: agarre-o firme e ele escapará."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Dorothy Parker, escritora</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Ninguém pode escolher como vai morrer ou quando. Só podemos decidir como viver para que não tenha sido em vão."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Joan Baez, cantora</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Dai-me, Senhor, a preserverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço,"</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Gabriela Mistral, poetisa</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Não tenho tempo de desfraldar outra bandeira que não seja a da compreensão, do encontro e do entendimento entre as pessoas."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Elis Regina, cantora</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Quando nada é certo, tudo é possível."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Margareth Drabble, escritora</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Quem não sabe chorar de todo o coração também não sabe rir."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Golda Meir, estadista</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora de compreender mais para temer menos."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Marie Curie, física</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Quando precisar que algo seja dito chame um homem. Quando quiser que algo seja feito chame uma mulher."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Margareth Tatcher, estadista</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Vamos! Corra a fazer alguma obra de caridade!"</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Santa Terezinha, quando notava tristeza nalgum semelhante</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">" Ri, alegremente e o mundo rirá contigo: chora e chorarás sozinho. Esta velha e boa Terra precisa pedir emprestada qualquer alegria, porquanto já tem aborrecimento de sobra."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Ella Wilcox, poetisa</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Amor não tem nada a ver com o que esperas conseguir, apenas com o que esperas dar: quer dizer, tudo."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Katharine Hepburn</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"O fanático é um homem com os dois pés plantados firmemente nas nuvens."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Eleanor Roosevelt</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre. Muitas vezes ficamos tanto tempo a olhar para a porta fechada que não vemos a que se abriu."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Helen Keller</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Nota: cega, surda desde bebé, Helen tornou-se educadora e advogada. Revelou uma incrível capacidade de superação e notável inteligência .</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">"O futuro não traz nem nos dá nada, Nós é que, para construí-lo, devemos dar-lhe tudo."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Simone weil, filósofa e ativista</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">" Não devemos permitir que alguém se afaste de nós sem se sentir melhor e mais feliz."</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Madre Teresa de Calcutá</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;"></span></span></div>
<span style="font-size: large;"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-37154822047552336042011-08-19T12:38:00.000-03:002011-08-19T12:38:14.122-03:00DEPURANDO AGOSTO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-nDPct98EYb5PZmHS6lc09c5SIx4tI8Ot2xqD23lX8EOn018Biug2UduL6HtdujZjxIIBc3VMOkXaG5HwELj4m0od6BYy-yYWjeHE41pRLXg_42bRKCVi98XSvJD3EuOMmGdaI8rEVBI/s1600/Douglas+Menezes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-nDPct98EYb5PZmHS6lc09c5SIx4tI8Ot2xqD23lX8EOn018Biug2UduL6HtdujZjxIIBc3VMOkXaG5HwELj4m0od6BYy-yYWjeHE41pRLXg_42bRKCVi98XSvJD3EuOMmGdaI8rEVBI/s400/Douglas+Menezes.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Douglas Menezes</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juliana não nasceu em julho. Agosto prenuncia a primavera. Os ventos fortes não só movem moinhos, mas afastam os males todos da vida. Assim é Agosto de Mauro poeta Mota, poeta maior. Frio caloroso, como abraço infantil. Nas vozes da descrença, a crença otimista em “quando setembro chegar”. Na lembrança do menino velho os ensaios alegres para o Sete de Setembro, manhãs cheirosas na estrada de Barreiros. Também em Agosto, o segredo da primeira paixão, nunca revelado, a voz do alumbramento inicial, na frase que foi uma senha: “Como você é tímido!” Também em Agosto o olhar peixinhos no canal que corta o Epitácio Pessoa. Ela junto, também em silêncio. Recolhimento que sempre marcou o menino retraído.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agosto dos meus sonhos de futuro, nem sempre realizados. Agosto que trouxe o título ao meu time dez anos depois. Agosto de dona Tereza, a mãe, e do irmão. Também do menino ansioso nas noites anteriores às manhãs radiantes das filmagens do filme O Progresso do irmão Roberto, nos canaviais ainda doces do Cabo dessa minha infância. O menino ator, junto com a prima Marisa. O menino sentindo-se valorizado em mais um sonho que não se fez verdade. O menino de rumo incerto, com medo de papafigo e alma de outro mundo se imaginava ator, e Agosto fez isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agosto é bom. É só querer que seja. Nele, os primeiros acordes de violão mal tocado. Nele, a algazarra dos adolescentes no retorno ao aprendizado das aulas. Chuva pouca, em Agosto, com cheiro de terra molhada e fruto verdoso. Mês do gosto maior, na abertura do sol brilhante de meses. Nunca tempestuoso. Enseada agitada, um pouco, preparando a tranquilidade acolhedora dos corpos morenos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nele, o destemor das chuvas. Nele, o reconstruir de julho, voz de esperança dos que perderam tudo. Agosto sem o céu carrancudo dando carão na gente. Agosto dos namorados sem guarda-chuvas, já nas praças colorindo a vida. Agosto branco, puro, depurado, anunciando a primavera.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agosto de 2011.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*Douglas Menezes é da Academia Cabense de Letras.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-91596816683381215342011-08-10T19:47:00.000-03:002011-08-10T19:47:06.322-03:00REFLEXÃO<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>“A ilustração é a saída do homem de sua menoridade, mediocridade. Tal menoridade, da qual ele próprio é o culpado, consiste na incapacidade de utilizar sua inteligência, dispensando o comando alheio. A causa desta incapacidade não é um defeito da inteligência, mas a falta de coragem e decisão de utilizar, por conta própria, sua incapacidade racional.”</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong></strong></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>(Immanoel Kant)</strong></span></div>
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-41223273908416000092011-08-05T11:11:00.000-03:002011-08-05T11:11:31.014-03:00CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR: 187 ANOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBZCbW3m1jyMR4rsXyBWFUum5d82lb9hDn-ejC563YC3AyQjoyvz_w44iJ2RO4jzsT3kZzWNcRG9djWgxyBPfaRH-jFGQnaaZmRTMxkunUIYU9DsahTGb_SAXe_fscGx2f2yauJhHXU-k/s1600/freicaneca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBZCbW3m1jyMR4rsXyBWFUum5d82lb9hDn-ejC563YC3AyQjoyvz_w44iJ2RO4jzsT3kZzWNcRG9djWgxyBPfaRH-jFGQnaaZmRTMxkunUIYU9DsahTGb_SAXe_fscGx2f2yauJhHXU-k/s640/freicaneca.jpg" t$="true" width="523" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Há exatamente 187 anos, proclamou-se em Pernambuco a Confederação do Equador. O movimento foi uma reação à política absolutista de Pedro I que, em 1823, dissolvera a Assembleia Constituinte para em seguida outorgar uma Constituição que lhe garantia amplos poderes. O golpe autocrático do Imperador anulava as possibilidades de se estabelecer no Brasil um Estado liberal com equilíbrio de poderes entre as províncias, concentrando as decisões na figura do monarca e na corte carioca. O Typhis Pernambucano, periódico redigido pelo carmelita Frei Caneca, denunciava: “a massa da Província aborrece e detesta todo o governo arbitrário, iliberal, despótico e tirânico, tenha ele o nome que tiver, venha revestido da força que vier. Do Rio nada, nada, não queremos nada!”. Pernambuco que já havia se erguido contra o despotismo bragantino em 1817, voltou a alçar-se, dessa vez, pela mão de Manuel de Carvalho Paes de Andrade. Proclamou-se uma república a qual outras províncias do norte foram instadas a se unir. O pesquisador Carlos Bezerra Cavalcanti chama a atenção ao pouco destaque que a data tem tido nos últimos anos: “esta data já chegou até a ser feriado em Pernambuco, atualmente, esta terra esquece seus feitos, seus fatos relevantes e seus grandes heróis, entre eles o Frei Joaquim do Amor Divino Caneca”. Cavalcanti ressalta a grandeza da figura de Caneca. Nascido no Recife em 1779, Caneca ingressou na ordem carmelita aos 16 anos de idade e sempre se destacou pela inteligência. Verdadeiro porta-voz do grito de Pernambuco contra a tirania pagou com a própria vida pela defesa da liberdade. Por sua participação no movimento da Confederação do Equador, acabou condenado à forca, tendo sido finalmente arcabuzado em 13 de janeiro de 1825 por não haver carrasco disposto a cumprir a aviltante sentença original. Como castigo pelo movimento, o governo imperial usurpou mais da metade do território pernambucano, desmembrando a comarca do São Francisco que permanece, até hoje, provisoriamente anexada ao território da Bahia. O IAHGP presta aqui suas homenagens aos bravos pernambucanos que em 1824 ousaram sonhar com um projeto de Estado onde houvesse mais liberdade.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><strong><span style="font-size: large;"></span></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Do IAHGP http://www.institutoarqueologico.com.br/</strong></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-79926659647490029572011-08-04T10:44:00.000-03:002011-08-04T10:44:57.311-03:00SEXTA DE LETRAS ADIADO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghc6vZIDYICxuDulrnSwlfyLNqvxDx33vwNFsurM8b4GFkvqiCXKhlagD1GO6hfmy-qYnwFK8RY-Cg7E6I-i18iUR61SZJhjparBdg4qaeOf7qzhtmBVSseKQTqG9fTLACEVI7El2AjmE/s1600/DSC09267.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghc6vZIDYICxuDulrnSwlfyLNqvxDx33vwNFsurM8b4GFkvqiCXKhlagD1GO6hfmy-qYnwFK8RY-Cg7E6I-i18iUR61SZJhjparBdg4qaeOf7qzhtmBVSseKQTqG9fTLACEVI7El2AjmE/s640/DSC09267.JPG" t$="true" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A ACADEMIA CABENSE DE LETRAS comunica o adiamento do SEXTA DE LETRAS que aconteceria nesta sexta-feira, dia 5/08, quando seria prestada homenagem a MILTON LINS, membro da ACL e da Academia Pernambucana de Letras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O evento foi adiado por conta de uma cirurgia a que teve que se submeter o homenageado, o que o impede de comparecer à Câmara de Vereadores do Cabo, onde seria homenageado. Uma outra data será anunciada pela Academia.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-42170307657113533642011-07-25T12:43:00.002-03:002011-07-27T15:34:08.780-03:00Médico e escritor Milton Lins receberá homenagem do presidente da APL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTGJr13ZY8q1CgWkQ7FiLoAjJmpL07e8OETBCihas1j1K7xd7qEJWLkzm4U6IhtexP_fJmDbL7oR0-ePH7gbJp8GjFZRwRhDFlFWwmhRcuCt-HTYFGJAEj600QKkIlogaqjHs-Gsk2dAo/s1600/ACL+convitemiltonlins.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTGJr13ZY8q1CgWkQ7FiLoAjJmpL07e8OETBCihas1j1K7xd7qEJWLkzm4U6IhtexP_fJmDbL7oR0-ePH7gbJp8GjFZRwRhDFlFWwmhRcuCt-HTYFGJAEj600QKkIlogaqjHs-Gsk2dAo/s640/ACL+convitemiltonlins.jpg" t$="true" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br />Por Tereza Soares<br />
<br />
O médico, contista e tradutor pernambucano Milton Lins será o homenageado da Academia Cabese de Letras (ACL) na programação do projeto “Sexta de Letras”, que acontece nesta sexta-feira, 05 de agosto, a partir das 19h, na Câmara de Vereadores do Cabo. O palestrante será o presidente da Academia Pernambucana de Letras, Waldênio Porto, que proferirá palestra para falar não dos feitos de Milton Felipe de Albuquerque Lins como cirurgião, mas como importante escritor. Foi o melhor tradutor brasileiro em 2010, ganhador do Prêmio Odorico Mendes, outorgado pela Academia Brasileira de Letras. Milton Lins é um dos 15 membros da ACL, e pertence a entidades como Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES), Academia Pernambucana de Letras, Academia de Letras e Artes do Nordeste, União Brasileira de Escritores e a União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos - UMEAL. Publicou 13 livros ao longo de sua carreira, entre eles, Rimbaud em Metro e Rima, considerada um desafio entre os eruditos, e Sonetos de William Shakespeare. O Projeto Sexta de Letras está no segundo módulo e prosseguirá até dezembro com outras palestras. O espaço é aberto à população.<br /><br />Tereza Soares é da Academia Cabense de Letras e assessora de Imprensa.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-43250058739437725312011-07-22T15:10:00.000-03:002011-07-22T15:10:45.186-03:00UMA VIDA DE PROBABILIDADES<br />
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Viver em busca da felicidade, esse é o chavão eterno do homem, que muitas vezes nem mede as consequências para atingi-lo. Daí ele se depara com os conflitos existenciais inerentes à própria formação humana. Vive-se uma existência de probabilidades, onde as paixões se confundem com os acertos e os induzem a permanecer nessa estrada de tentativas, complementada de erros e frustrações. </span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Torna-se imprescindível, uma postura equilibrada principalmente na tomada de decisões, pois os posicionamentos, muitas vezes, escapam à normalidade, ou seja, o senso de justiça, a imparcialidade. Como é difícil o homem transitar sem se deixar desviar pelas tentações alienatórias! De forma contumaz, sem perceber, subitamente, ele está totalmente mergulhado nessa avalanche destruidora, servindo de conforto, simplesmente, o fato óbvio dele não ser o único. </span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ter uma visão ampla com uma consciência prática, observando todas as variantes possíveis, torna-se muito difícil, principalmente nessa enxurrada de supérfluos, de forma enlouquecedora, incentivada pela globalização diante das novas tecnologias. </span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como fica o cidadão simples que depende dessas soluções e desses apoios? Está Cada vez mais difícil uma resposta coerente e esses resultados de probabilidades inconsequentes transmitem a impressão que vem de muito longe, desde as cavernas, tendo ainda que o acompanhar por um longo período. </span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É imprescindível continuar mantendo a crença em Deus que é o Grande Arquiteto do Universo, só ele ensinará o caminho da verdadeira iluminação, sem os ranços opacos da intolerância, do preconceito, da corrupção, da tirania, dos erros e principalmente da ignorância...</span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">João Sávio Sampaio Saraiva é membro da ACL Academia Cabense de Letras e da AMLO Academia Maçônica de Letra de Olinda.</span></strong></div>
<strong><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-88945205502010027972011-07-04T11:37:00.001-03:002011-07-04T11:39:08.904-03:00SABER VIVER<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvHPow5TVxoGMJ8AVn6XvJu8iDimwJz0od9y2z0a7Frz8hwNaIAFlkNRWE5tSVQczHRTNlkpYhI5h_LhBvPpRjZRTZp7WdIQtNaAHkG28yNeJHNr3HEIRhVUuCda7QHx4hwuu93z58os/s1600/cora-coralina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvHPow5TVxoGMJ8AVn6XvJu8iDimwJz0od9y2z0a7Frz8hwNaIAFlkNRWE5tSVQczHRTNlkpYhI5h_LhBvPpRjZRTZp7WdIQtNaAHkG28yNeJHNr3HEIRhVUuCda7QHx4hwuu93z58os/s400/cora-coralina.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Por Cora Coralina </strong></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Não sei... Se a vida é curta </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Ou longa demais pra nós, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Mas sei que nada do que vivemos </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. </strong></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Muitas vezes basta ser: </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Colo que acolhe, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Braço que envolve, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Palavra que conforta, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Silêncio que respeita, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Alegria que contagia, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Lágrima que corre, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Olhar que acaricia, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Desejo que sacia, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Amor que promove. </strong></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>E isso não é coisa de outro mundo, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>É o que dá sentido à vida. </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>É o que faz com que ela </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Não seja nem curta, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Nem longa demais, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Mas que seja intensa, </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Verdadeira, pura... </strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Enquanto durar.</strong></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cora Coralina , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985), é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-6710004379800818852011-07-01T13:26:00.000-03:002011-07-01T13:26:44.490-03:00MARÍLIA<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">CONTO: DOUGLAS MENEZES</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">AGOSTO DE 1979 – PERÍODO DE CHUMBO NO BRASIL.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você não entendeu, Marília, quando eu quis explicar o fato. Quando eu falei sorridente que iria com eles, que iria com a gente, que iria com os estudantes. Hoje, Marília, o silêncio e esse olhar fixo na lâmpada reflete o pavor sedimentado na existência vazia. E os raios elétricos emitidos tornam-se vermelhos, a cor daquele sangue que empapou a pista molhada. Não, Marília, não foi só o mau presságio, foi a tendência ao fracasso, o medo enraizado na poça de sangue. E agora tudo caótico, desintegrado, a partir do momento em que você não entendeu e sorriu zombando. Sorriu o riso que me humilhou, que me deixou mudo por minutos e minutos e que graças a ele permaneço hoje, ainda, e como! Com a cabeça fora do corpo, flutuando, misturada às imagens inquietantes. Agora, apenas o plasma preenche os espaços. O plasma e os gritos horríveis: comunistas, comunistas! O sangue e os gritos, a cabeça e o corpo, elementos cáusticos que se entrelaçam, num perfeito emolduramento plástico. E não adiantou a comparação poética que eu fiz para lhe agradar. A massa compacta igual ao seu andar, firme e altivo. Você novamente sorriu. Sorriu o riso da vergonha para mim, irônico, carga cruel. E na ironia, a palavra que rasgou-me a alma: festivos. Mas havia um motivo justo, tentei explicar, tiravam nossos direitos conquistados com muita luta e sacrifício. Não adiantou. Você não deu importância. Nós não queríamos apanhar diante do povo. Por que falou isso, Marília? Há um equívoco, tentei clarear as coisas, talvez esteja com medo. Medo eu? Aí você entendeu e exasperou-se, sentiu-se ofendida pela insinuação, o orgulho atingido. Jogou-me na cara, então, o carro emprestado, o dinheiro que dava às vezes pra comprar material, comprar tinta, cola, papel, jogou-me na cara. Já sua figura esvaia-se de mim, lentamente, inflamável que escapa da mão e desaparece. Sua voz tentou consertar: a ofensa foi sua, eu não tenho medo de nada, mas não vou ser bucha de canhão pros outros. Eu calado. Marília, você não mais minha, irremediavelmente perdida. Nós dois no silêncio sem fim. Nós dois no silêncio sem fim. Nós dois no túnel escuro, lá fora, as coisas se clareando. Iniciou-se, enfim, o último momento. Foi como um aviso: suas mãos nos meus cabelos. A gente olhou a solidão ao lado, apenas o mato do campus como testemunha. Eu olhei profundamente em seus olhos. Ao olhos incendiaram-se e houve finalmente a voz de comando: queiram ou não sairemos às ruas. É um direito nosso! Meus olhos brilharam. Conheceriam nossa força, a força dos estudantes. Quase tudo preparado. Do campus à Conde da Boa Vista, o ponto máximo na Pracinha. Todo povo saberia dos nossos problemas. Mostraríamos a força da coesão. Brilhando ainda mais meus olhos, Marília. O desejo não era fogo brando. Beijei-lhe como pude, onde pude. Você, eu sabia, já naquele momento se despedia. Fim de tarde, e sua mão se fez encantada, nervosa e leve, que percorreu meu corpo, um frio medonho sob a roupa. A massa compacta partia aos gritos. As mãos todas unidas se fizeram encantadas, seguravam faixas e cartazes, movimento brusco e leve. Milhares de cabeça, um só pensamento. Já a Caxangá. Marcha penosa, necessária, porém. A população um pouco assustada. Gritos e discursos sem fim. Alguém gritou: fala, Paulo! De momento a momento a gente parava e um companheiro lançava as imprecações. Depois a marcha era reiniciada, e a uma certo tempo: fala, Paulo, agora! Eu louco só pronunciei seu nome, completamente alucinado. Só um: Marília. Voz cortada, sufocada. O calor do corpo, o calor total. Você na entrega e na posse, nem parecia ser a última vez. Você amando, Marília, quase aos gritos, capaz de alguém ouvir. Você gritando no quase êxtase. Ei gritando, nós todos gritando no quase êxtase à entrada da Conde da Boa Vista. Partíamos para uma guerra, sem violência, esperávamos. No entanto, a proibição. Não devíamos sair às ruas, ordem expressa. Reuniões, revolta, explosão. A gente continuaria, de qualquer jeito: não estragariam nossa festa. Então, sempre pra frente, caminhando. Uma explosão, um incêndio, algo infernal. Uma loucura, as roupas voando, ganhando vida. Assim a gente ficando como nasceu, embrulhados, rolando na grama, lado a outro, barco sem rumo, já você corpo e alma abertos. Uma explosão, estouro de boiada, barco sem rumo. Perto da Sete de Setembro o batalhão de choque. Tempo não houve pra nada. Na correria, o choque, porradas de todos os lados, depredávamos coisas, numa vingança inútil. Quanto mais quebrávamos o que aparecia pela frente, mais pancadas levávamos. Então, Marília, veio a última força, o desequilíbrio final, o gemido derradeiro, de coração, sangue, nervos e ossos, tudo descompassado. Você soltou um gemido agudo. Caí para o lado, atordoado, semimorto. Você desfalecida, semimorta, o rosto de encontro à grama enxuta. Cai para um lado, repito, atordoado, semimorto, uma dor na nuca. Ao olhos embaçados, vendo os colegas apanhando. Um medo repentino, como um doido corri. Numa esquina eu vi Marcos, eu vi Marcos e o sangue e ouvi mais um tiro. Por quê? Táxi, Táxi! Ofensa terrível. Quisera estar com eles, com meus colegas, sofrer o que sofreram. Nem sequer ouvi as reclamações dos parentes, os aperreios de minha mãe. Ao olhos parados, tristes, acovardados. Não falar nunca mais, mudez só quebrada pelo barulho dos sapos. Nunca mais, Marília, ver você de olhar claro, de sorriso meigo. Nunca mais que eu me interesse por nada, porque eu fugi com medo. Fugi de você, levantei-me e saí sem olhar pra trás. Você, agora, morta pra sempre, como Marcos naquela maca, servindo de bandeira, de estímulo ao histerismo. A vista queimando, fixando-se na lâmpada acesa do quarto, relembrando cenas inquietantes. Tão moço eu, Marília, e já com duas grandes derrotas na vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Douglas Menezes é membro da Academia Cabense de Letras. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb0_dYmeMBXPidiUwxJBKYKgWF3HU2VfGYxdtWaZGenTc7I87_k5wOS3thcBU2ND_C3GjefuUXBIsbB5VGSaxU5xuQeNpILWfOXACyLoDfxuVjHe21icgzctDYv_Gxf99nqvmF66LI9Oc/s1600/DITADURA+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb0_dYmeMBXPidiUwxJBKYKgWF3HU2VfGYxdtWaZGenTc7I87_k5wOS3thcBU2ND_C3GjefuUXBIsbB5VGSaxU5xuQeNpILWfOXACyLoDfxuVjHe21icgzctDYv_Gxf99nqvmF66LI9Oc/s400/DITADURA+3.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisqkZCRA1JZ458lQeORQIDsCQkXT6ZD8SxSnsrQeajTYuJuOjar357vF650ogBGrysTnrEfUWBMx2rNQNR3N5EJbRxYb3J_w7dOYVCkTlNGngA8EBACcmdL8D8DEHOaEikVnCXhdbs_Io/s1600/ditadura1_jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisqkZCRA1JZ458lQeORQIDsCQkXT6ZD8SxSnsrQeajTYuJuOjar357vF650ogBGrysTnrEfUWBMx2rNQNR3N5EJbRxYb3J_w7dOYVCkTlNGngA8EBACcmdL8D8DEHOaEikVnCXhdbs_Io/s400/ditadura1_jpg.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJD0W48jQ5U8F5-pSWFqI4zJ0UPBqGvhjNh3aSZlIDnPNvI5sZosSIEMzVE2GFGAZM6c92H5GNmAJKaB3umO7JuJgstKZNWl6pkyuiwjUFtLiNHPj_XZ9Ikf2Io0fv4CsZO6kVwIP81ro/s1600/DITADURA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJD0W48jQ5U8F5-pSWFqI4zJ0UPBqGvhjNh3aSZlIDnPNvI5sZosSIEMzVE2GFGAZM6c92H5GNmAJKaB3umO7JuJgstKZNWl6pkyuiwjUFtLiNHPj_XZ9Ikf2Io0fv4CsZO6kVwIP81ro/s640/DITADURA.jpg" width="640" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-64615632000294628612011-06-20T13:40:00.002-03:002011-06-20T13:47:49.866-03:00CARISMA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s1600/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWwJwg4hDw4MrcEvjj3RydFMLUJYF8N17ArY1tVBInQCx3xypb0Th908dZWBV09GY8Iyl0qbBaJcBLaX-_fE6YDAmhN62DkCi__xQiImA0_NdP1CHERtX7ck6c00i6FVu8_4jsvZkNKvs/s640/FOTOS+SEGUNDO+TURNO+011.JPG" width="480" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>MÚSICA: DOUGLAS MENEZES – JORGE QUEIROZ</strong></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Essa morena enfeitada de açucena</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Que debocha e não tem pena</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Do sofrê que chora triste.</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Essa morena cheia de dengo menina</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Só inspira rima rica</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>E o amor que não existe.</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>O vento passa tira palha do coqueiro</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Faz revolta em seu cabelo</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Faz amor no corpo dela.</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Quem dera um dia passear no céu azul</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Com a morena enfeitada</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Sobre o mar de Gaibu.</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Eu vejo o dia clareando com preguiça,</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Se espreguiça a morena vendo vida a cismar.</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Quem dera um dia me encantar num passarinho</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>Bater asas ao seu lado</strong></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><strong>E no mar fazer meu ninho.</strong></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Canção composta em 1992.</strong></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Douglas Menezes é membro da Academia Cabense de letras. </strong></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<strong></strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6998730543764398751.post-71054431803573105492011-05-24T11:24:00.000-03:002011-05-24T11:24:56.393-03:00THEO SILVA NO SEXTA DE LETRAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM9J2wkOytYGbSs8fTTyNOt0ZCtTd6VRLetxJH8PYRFK0dEL6cG_0pgJn73xPDPhcmC3a8I4ciY5zWSV3Q1rcOn4M0p6Wf_j0HVbkat7x_hoVKBtBzvUZMubAzF3qFdPohUFMs5FW7Fm4/s1600/theo+silva+3+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM9J2wkOytYGbSs8fTTyNOt0ZCtTd6VRLetxJH8PYRFK0dEL6cG_0pgJn73xPDPhcmC3a8I4ciY5zWSV3Q1rcOn4M0p6Wf_j0HVbkat7x_hoVKBtBzvUZMubAzF3qFdPohUFMs5FW7Fm4/s640/theo+silva+3+%25282%2529.jpg" width="523" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;">Poeta cabense Theo Silva</span></b></span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px;">
<div>
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;">A Academia Cabense de Letras prossegue com o Projeto SEXTA DE LETRAS, dia 3 de junho, às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo. Na primeira sexta-feira do mês de junho realizará reunião aberta ao público, com palestra e debate sobre a Obra e a vida de Theo Silva, poeta cabense, tragicamente desaparecido em 1950.</span></b></div>
</div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;">Na noite do dia 3 de junho de 2011 a Academia Cabense de Letras inicia o resgate da obra de um de seus maiores poetas, THEO SILVA, que era também músico, seresteiro e encantava as ruas da cidade nas décadas de vinte, trinta e quarenta, em noites boêmias regadas a poesia e música de qualidade.</span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;">THEO SILVA fazia, na cidade do Cabo, ainda na década de 20, uma poesia que estava sendo lançada na Semana de Arte Moderna, em São Paulo, por grandes mestres da poesia brasileira. Lembrando, claro, que as poesias de THEO se revestem de um valor especial pelo fato de não haver meios de comunicação que possibilitasse a ele acompanhar o desenrolar do Movimento Literário que eclodia em São Paulo. A sua poesia brotava de sua natural inclinação pela quebra das regras conservadoras que norteavam a poesia. Foi um poeta além de seu tempo e de seu espaço geográfico. THEO SILVA foi músico integrante da Filarmônica XV de Novembro Cabense entre os anos de 1925 e 1935.</span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: lime;">O evento acontece no dia 3 de junho, às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, com apresentação dos acadêmicos Ivan Marinho e Antonino Oliveira Júnior e a participação dos demais membros. Na oportunidade, a Academia homenageia THEO SILVA, que é um de seus Patronos, com a presença de seu filho Theo Silva Filho e familiares.</span></b></div>Unknownnoreply@blogger.com0