terça-feira, 24 de maio de 2011

THEO SILVA NO SEXTA DE LETRAS


Poeta cabense Theo Silva


A Academia Cabense de Letras prossegue com o Projeto SEXTA DE LETRAS, dia 3 de junho, às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo. Na primeira sexta-feira do mês de junho realizará reunião aberta ao público, com palestra e debate sobre a Obra e a vida de Theo Silva, poeta cabense, tragicamente desaparecido em 1950.

Na noite do dia 3 de junho de 2011 a Academia Cabense de Letras inicia o resgate da obra de um de seus maiores poetas, THEO SILVA, que era também músico, seresteiro e encantava as ruas da cidade nas décadas de vinte, trinta e quarenta, em noites boêmias regadas a poesia e música de qualidade.

THEO SILVA fazia, na cidade do Cabo, ainda na década de 20, uma poesia que estava sendo lançada na Semana de Arte Moderna, em São Paulo, por grandes mestres da poesia brasileira. Lembrando, claro, que as poesias de THEO se revestem de um valor especial pelo fato de não haver meios de comunicação que possibilitasse a ele acompanhar o desenrolar do Movimento Literário que eclodia em São Paulo. A sua poesia brotava de sua natural inclinação pela quebra das regras conservadoras que norteavam a poesia. Foi um poeta além de seu tempo e de seu espaço geográfico. THEO SILVA foi músico integrante da Filarmônica XV de Novembro Cabense entre os anos de 1925 e 1935.

O evento acontece no dia 3 de junho, às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, com apresentação dos acadêmicos Ivan Marinho e Antonino Oliveira Júnior e a participação dos demais membros. Na oportunidade, a Academia homenageia THEO SILVA, que é um de seus Patronos, com a presença de seu filho Theo Silva Filho e familiares.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O CONFRADE JOAQUIM NABUCO



Trechos do discurso pronunciado por Joaquim Nabuco na Sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em 20 de julho de 1897, na qualidade de Secretário Geral.

Não há em nosso grêmio omissão irreparável; a morte encarrega-se de abrir nossa porta com intervalos mais curtos do que o gênio ou o talento toma para produzir qualquer obra de valor. Nós, os primeiros, seremos os únicos acadêmicos que não tiveram mérito em sê-lo, quase todos entramos por indicação singular, poucos foram eleitos pela Academia ainda incompleta, e nessas escolhas cada um de nós como que teve em vista corrigir a sua elevação isolada, completar a distinção que recebera; só agora em diante, depois que a Academia existir, depois de termos uma regra, tradições, emulação, e em torno de nós o interesse, a fiscalização da opinião, a consagração do sucesso, é que a escolha poderá parecer um plebiscito literário. Nós de fato constituímos apenas um primeiro eleitorado.
As Academias, como tantas outras coisas, precisam de antiguidade. Uma Academia nova é como uma religião sem mistérios: falta-lhe solenidade. A nossa principal função não poderá ser preenchida senão muito tempo depois de nós, na terceira ou quarta dinastia dos nossos sucessores. Não tendo antiguidade, tivemos que imitá-la, e escolhemos os nossos antepassados.
 Escolhemo-los por motivo, cada um de nós, pessoal, sem querermos, eu acredito, significar que o patrono da sua Cadeira fosse o maior vulto das nossas letras. É a responsabilidade do escritor, a consciência dos seus deveres para com sua inteligência, o dever superior da perfeição, o desprezo da reputação pela obra.
Eu pela minha parte não sei que ópera não daria por uma só frase de Mozart ou de Schumann; trocaria qualquer livro por uma dessas palavras luminosas que brilham eternamente no espírito como estrelas de primeira grandeza... A obra de quase todos os grandes escritores resume-se em algumas páginas; ser um grande escritor é ter uma nota sua distinta, e uma nota ouve-se logo; de fato, ele não pode senão repeti-la.”

(Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo)


segunda-feira, 2 de maio de 2011

A FLIGUARA FOI UM SUCESSO


I FLIGUARA mostrou aos alunos da rede pública universo da cultura

Estudantes estiveram na Primeira Feira Literária dos Guararapes, no Mirante dos Montes Guararapes

Por quatro dias Jaboatão dos Guararapes experimentou ser a cidade da literatura em Pernambuco. Iniciada dia 28, encerrou do dia primeiro de maio a Fliguara – Feira Literária dos Guararapes, em dua primeira edição.

Montada no mirante do exército, nos Montes Guararapes, a Feira não se limitou aos stands de vendas de livros. Quem foi à Fliguara – especialmente alunos das redes públicas estadual e municipal –, pode bater papo com autores, participar de oficinas de contos, crônicas e poesias, ouvir palestras e ter um contato mais direto com a cultura, por meio de shows, apresentações e brincadeiras promovidos no local.

A feira, promovida pela Prefeitura Municipal de Jaboatão e Andelivros, foi aberta solenemente dia 28, com a presença da secretária de Desenvolvimento Social, Mirtes Cordeiro, Secretário de Executivo de Cultura e Eventos, Ivan Lima Filho, e Secretária Executiva de Educação, Edilene Soares. Na mesa de honra também o Dr. José Luiz de Almeida Melo, que dissertou sobre o poeta Benedito Tavares da Cunha Melo, cujo centenário de nascimento é comemorado este ano e homenageado da Fliguara; Celinha Santos, Gerente de Cultura, Nildo Barbosa, coordenador da Fliguara, Cobra Corderlista, presidente do Conselho de Cultura e Natanael Lima, Curador da Fliguara.

Após a solenidade, o veterano poeta Chico Pedrosa apresentou um recital de poesia matuta.

Mesmo dentro das festividades da Festa da Pitomba, Mirtes Figueirôa ressalta a independência da Fliguara: “Vamos consolidar como um grande momento da literatura do Estado Pernambuco”

Já Ivan Lima avaliou a Fliguara como um legado que é passado para a população: “É uma parte da cultura de Jaboatão que estava adormecida e que o evento permitiu que ela pudesse ser revivida.